Romário renuncia à vaga na comissão especial do impeachment
O senador Romário (PSB-RJ) deixou a vaga que ocupava na comissão especial do impeachment do Senado sem apresentar motivos para a saída. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) leu a solicitação de renúncia em plenário.
O bloco Socialismo e Democracia indicou a senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) para o lugar de Romário, que votou pela abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff pelo Senado.
O parlamentar, que havia dado voto favorável à abertura do processo no Senado, disse, agora, que deve rever seu voto.
Em uma rede social, Romário explicou que deve acompanhar os trabalhos da comissão, mas como não-membro do colegiado. Ele afirmou também que é presidente da Comissão de Educação e da CPI do Futebol, além de atuar em “importantes causas sociais que não podem ser deixadas de lado”.
A comissão especial do impeachment está na fase de “pronúncia”, quando os senadores decidem se a denúncia contra Dilma é procedente ou não e se vai à julgamento final pelo Senado.
Críticas de Romário ao governo Temer
Na postagem no Facebook, Romário criticou os primeiros dias do governo Temer. Ele afirmou que os atos de Temer, até agora, “não foram como deveriam ser” e lembra que o peemedebista escolheu investigados pela Justiça para ocupar chefias de ministérios.
“Os primeiros dias do governo interino não foram como deveriam ser. No lugar de ministros ‘notáveis’, conforme Temer prometeu, tivemos ministros investigados. Vimos ministérios estratégicos para o país serem fundidos e perderem relevância, como o fundamental Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação. Assim como a extinção do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. […] Houve ainda a extinção Controladoria-Geral da União que, de certa medida, prejudica o combate à corrupção”, disse Romário.
