Pesquisa revela que brasileiro não acredita em melhora econômica para o ano de 2016

De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência e pela Worldwide Independent Network of Market Research, 50% da população brasileira não acredita que o ano de 2016 será melhor que o de 2015. Dessa porcentagem, 13% dizem esperar um ano igual ao anterior e 32% acreditam que será ainda pior que o de 2015. Para os outros 50% da população, 2016 será melhor que o ano passado. No entanto, o percentual de otimistas no Brasil está abaixo da média global, de 54%.

Conforme a pesquisa, essa é a primeira vez, desde 2008, que o brasileiro está pessimista. A série histórica da pesquisa revela que a perspectiva da população brasileira para o ano seguinte permaneceu otimista, no patamar de 73%, de 2008 até 2014, quando ocorreu a primeira queda no otimismo, com 57% da população, seguida de um novo recuo em 2015, 49%.

Por outro lado, o país mais otimista do mundo é Bangladesh, onde 81% da população acha que 2016 será melhor que o ano anterior. Os outros dois países mais otimistas são a Nigéria, com 78%, e a China, 76%. Na outra ponta estão o Iraque, onde 56% das pessoas acreditam que esse ano será pior que 2015, os italianos, com 52% de pessimistas, e os gregos, com 51%. A pesquisa ouviu 66.040 pessoas em 68 países, entre setembro e dezembro de 2015. No Brasil, foram feitas 2.002 entrevistas.

Crise econômica explica baixa perspectiva

De acordo com o economista e advogado Jaques Fernando Reolon, é natural que a população e os investidores fiquem pessimistas após um ano difícil na economia. Em 2015, o Brasil teve uma queda no poder de compra da população ocasionado pela inflação, desemprego e aumento de impostos.

A substituição no Ministério da Fazenda, ocorrida no final do ano passado, demonstrou uma motivação governamental em mudar a abordagem diante da crise. Os impostos, no entanto, continuam em foco, o ICMS aumentou em diversas atividades econômicas, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – Cide — incide sobre o preço dos combustíveis — também pode aumentar e a temida CPMF tem boa chance de retornar”, afirma.

O especialista explica, no entanto, que há teorias no âmbito econômico que mostram que o aumento de impostos, na maioria das vezes, faz a arrecadação diminuir. “Verdade seja dita, ninguém gosta de pagar imposto, seja patrão ou empregado. Por isso, a tendência é uma redução do consumo, o que faz com que a verba arrecadada com as novas taxas sejam menores do que os patamares antigos. Seria mais interessante reduzir a carga tributária e garantir incentivos fiscais para que as empresas possam aumentar sua produção/atuação, garantindo mais empregos e aquecendo a economia”, alerta.

Redação Brasil News

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