Baleia Rossi causa inveja em ala do PMDB ligada a Eduardo Cunha

Líder eleito pela bancada do PMDB por duas vezes, o deputado Baleia Rossi (SP) tem provocado inveja em ala do partido ligada a Eduardo Cunha (RJ). Ainda que minoritário, o grupo se sente orfão dos métodos do ex-deputado preso na Operação Lava Jato.

Publicamente é o deputado José Priante (PMDB-PA) que tem se mostrado mais irritado com Baleia Rossi. Apesar de ter sido eleito por cinco mandatos e ser sobrinho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), nunca obteve a confiança dos colegas para alçar posições de destaque no partido ou na Câmara dos Deputados.

Com a saída de Eduardo Cunha de cena, Priante achou que poderia ser líder ou ministro do governo Michel Temer. O presidente, no entanto, resolveu apostar suas fichas em Baleia Rossi, deputado em primeiro mandato com apenas 44 anos que rapidamente uniu a maioria da bancada em torno de si.

Críticas a Baleia Rossi na imprensa

Revoltado, Priante passou a bombardear Baleia pela imprensa desde junho do ano passado. Calou-se por alguns meses após ser nomeado para o decorativo cargo de secretário de Comunicação Social na Câmara. O presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) arrependeu-se da decisão, pois jamais viu a Secom sair em defesa da Casa.

No começo do ano, Priante voltou a querer causar barulho, lançando-se como candidato a 1o vice-presidente da Câmara. Com apoio da ala do Rio de Janeiro ligada a Eduardo Cunha, Priante aproveitou-se do desgaste de Lúcio Vieira Lima (BA) e empatou a disputa dentro da bancada.

Com base na Lei Eleitoral e em decisões anteriores do próprio partido, o vencedor em casos de empate é o mais idoso. Nesse caso, Baleia Rossi teve de declarar Lúcio vencedor. Priante ficou inconformado e falou impropérios contra a decisão do líder.

Menos de 24 horas depois, no entanto, fez um acordo e abriu mão da disputa em favor de Lúcio. Segundo a coluna Painel da Folha, Priante negociou o comando da comissão de Minas e Energia para ficar calado.

O site O Antagonista publicou ontem que ele tem o apoio de Leonardo Quintão (PMDB-MG) na empreitada. O parlamentar mineiro indicou o diretor-geral o Departamento Nacional de Produção Mineral. Juntos, Priante e Quintão, querem controle total no setor que envolve bilhões, ouro e demais pedras preciosas.

O problema é que a indicação ainda não foi definida e, por isso, Priante tem se mostrado irritado com Baleia Rossi. O jovem líder do PMDB conta com o respaldo do presidente Michel Temer e, principalmente, da ala majoritária do partido que se viu livre do jeito autoritário de Eduardo Cunha.

 

Redação Brasil News

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