Banco Central afirma que economia está estabilizada

O presidente do Banco Central – BC, Ilan Goldfajn, afirmou que a economia brasileira está se estabilizando. Em discurso em evento fechado, o presidente destacou que os novos dados abrem perspectivas para a retomada do crescimento depois de dois anos de recessão.

Conforme Ilan Goldfajn, o impacto das turbulências políticas sobre a economia não afetou significativamente os índices de confiança.

“O aumento de incertezas percebida pelos agentes econômicos impactou negativamente os índices de confiança. Entretanto, a informação atual sugere que o impacto da queda de confiança na atividade tem sido, até o momento, limitado, permanecendo compatível com o cenário do BC, que é a estabilização e a recuperação gradual da economia brasileira”, disse.

Em relação aos juros, o presidente confirmou que as taxas básicas continuarão a cair. Ele, no entanto, disse que o ritmo das quedas dependerá de diversos fatores, como a evolução da atividade econômica, o balanço de riscos, possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo (de redução dos juros) e expectativas de inflação. De acordo com Goldfajn, a convergência da inflação para o centro da meta, de 4,5%, é compatível com a atual política de redução da taxa Selic – juros básicos da economia. Em julho deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, que mede a inflação oficial, acumulava 3% em 12 meses, no nível mais baixo da história. Para 2017 e 2018, o Conselho Monetário Nacional – CMN fixa em 4,5% o centro da meta de inflação, com margem de tolerância de 1,5%. Isso permite que o IPCA encerre os anos entre 3% e 6% sem que o Banco Central descumpra o objetivo.

De acordo com o advogado e economista Jaques Reolon, a economia do Brasil dá os primeiros passos para a recuperação. Mas espera-se que a partir do ano que vem a melhora seja mais visível.

“As medidas que o governo tem anunciado e anunciará, ainda mais, propiciarão um alívio na crise financeira que o País enfrenta. Para sairmos dessa situação, é necessário um esforço conjunto. A solução para a crise, no entanto, não passa pelo aumento de impostos nem por mero corte temporário de gastos”, ressalta.

Mudança no modelo de gestão pública

Para Jaques Reolon, a gestão pública precisa ser repensada para garantir mais eficácia, por intermédio de planejamento e ações de governança.

“É necessário enxugar a folha de pessoal e reduzir os gastos supérfluos ao mesmo tempo em que se exige mais produtividade”, destaca.

Conforme o especialista, é natural que a população e os investidores estejam pessimistas após anos difíceis na economia.

“O Brasil teve uma queda no poder de compra da população ocasionado pela inflação, desemprego e aumento de impostos. Com isso, a tendência é uma redução do consumo, o que faz com que a verba arrecadada com as novas taxas sejam menores do que os patamares antigos. Seria mais interessante reduzir a carga tributária e garantir incentivos fiscais para que as empresas possam aumentar sua produção/atuação, garantindo mais empregos e aquecendo a economia”, observa Jaques Reolon.

Redação Brasil News

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