Tragédia em Mariana vira exemplo, mas famílias continuam aguardando ressarcimento

Deputados ligados às causas ambientais devem usar desastre (MG) como exemplo para cobrar maior rigor nas regras que estão sendo inseridas no Código de Mineração em discussão na Câmara dos Deputados desde 2013.

Um novo código substituirá o elaborado em 1967. Por isso, agora, depois do registro de ao menos sete mortes (há ainda 18 desaparecidos) nos rompimentos de barragens da mineradora Samarco, o assunto voltará aos debates do Legislativo.

Situação é drástica

A concentração de urubus, infelizmente, é um dos sinais que vem ajudando os bombeiros no resgate de vítimas da tragédia. Além das aves, o latido de cães da vizinhança também colabora com a equipe.

No momento, 40 oficiais continuam nos trabalhos de busca por corpos, que começam às 6h e terminam às 18h. Outros 60 percorrem os rios da região, já que até agora a maior parte dos corpos foi achada a quilômetros de distância das barragens rompidas.

Famílias aguardam indenização

O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, afirmou que poderá usar os R$ 400 mil recebidos de doações para repor recursos às famílias desalojadas. Cada grupo familiar terá direito a um salario mínimo.

O Ministério Público determinou que a Samarco fizesse um levantamento sobre a renda mensal de cada família e calcule, depois disso, um valor a ser pago já a partir de dezembro.

A decisão foi tomada em reunião com uma comissão formada por representantes da Ordem de Advogados do Brasil (OAB), membros da igreja, do sindicato dos trabalhadores e prefeitura, na tarde desta sexta-feira.

“Se a Samarco não se posicionar, a comissão concordou em usar o recurso. Então, na segunda-feira, como já tem um grande número de pessoas e muitos já têm documentos, vamos fazer um registro que a pessoa vai no banco sacar. Vai ser um salário mínimo por família”, disse o prefeito.

Redação Brasil News

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