Deputados aprovam continuidade do processo de cassação de Eduardo Cunha

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou ontem (2), por 11 votos a 10, a a continuidade do parecer do relator, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que pede o andamento do processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A representação foi realizada pelo PSOL e pela Rede. Cunha, agora, tem dez dias úteis para apresentar sua defesa e poderá arrolar até oito testemunhas de defesa.

A aprovação da admissibilidade do processo aconteceu após o relator retirar do relatório a parte que tratava do recebimento de supostas vantagens indevidas por parte do presidente da Câmara. A admissibilidade deve, então, basear-se na denúncia de que Cunha teria mentido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o que pode até causar a cassação do mandato do deputado.

Manobras

As manobras do presidente da Câmara dos Deputados para enterrar as investigações a seu respeito no colegiado quase acabaram com o processo. Foi necessário o voto de minerva do presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), para desempatar a votação, que ficou 10 a 10.

A reunião chegou a ser suspensa após mais de três horas de debates em razão do início das votações em Plenário.

Quatro meses

O processo sobre Cunha no Conselho de Ética começou há quatro meses. Desde a semana passada, os integrantes do colegiado tentam ultrapassar uma série de manobras protelatórias aplicadas por aliados do presidente da Casa, para evitar a votação do parecer de Rogério que pede o andamento das investigações sobre Cunha. “Eu espero que a gente consiga ultrapassar essa fase da admissibilidade que estamos tentando já há mais de 40 dias, há quase 50 dias”, afirmou.

Redação Brasil News

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