Rebaixamento não é culpa do Congresso, afirmam Renan e Cunha
O Congresso não tem responsabilidade sobre a perda do grau de investimento pela agência Standard & Poor’s, avaliam os presidentes da Câmara e do Senado. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, inclusive, o governo recebeu colaboração para solucionar o problema por parte das duas Casas. A S&P justificou o rebaixamento do Brasil em comunicado, que afirma: “os desafios políticos do País continuam aumentando e pesam, cada vez mais, sobre a capacidade e a vontade do governo de submeter ao Congresso um orçamento consistente”.
Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no entanto, o Congresso se colocou à disposição para ajustes e apoio. “Não tem (culpa o Congresso). O Congresso alertou, chamou a atenção, se colocou à disposição, apoiou, fez o ajuste, qualificou o ajuste em algumas oportunidades, apresentou uma agenda e está disposto a continuar colaborando para reverter as expectativas. Acho que é o nosso dever”, disse.
Antes mesmo do anúncio do rebaixamento, aponta o presidente do Senado, o Congresso já estava trabalhando rumo à reversão do cenário econômico. Além disso, a Casa tem feito propostas com intuito de dar consistência ao gasto público. “Temos de fazer o dever de casa, fazer as mudanças estruturais, dar consistência ao gasto público. O Congresso tem colaborado e vai continuar colaborando, vai fazer sua parte”, ressaltou.
A culpa é do governo
Para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Congresso fez a lição de casa e a retirada do grau de investimento do Brasil, ressaltou, é culpa do governo.
“Qual a proposta que o governo mandou este ano que não foi apreciada pela Câmara?”, questiona o parlamentar. “O Congresso não negou nada que o governo pediu, inclusive de aumento tributário, que já houve. Não se pode dizer que esta relação possa estar gerando este tipo de situação”, salientou Cunha.
O parlamentar assegurou que todas as Medidas Provisórias do ajuste fiscal encaminhadas à Câmara foram votadas, além da “reoneração” da folha de pagamento de várias áreas e o aumento da alíquota da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) devida por empresas financeiras.
Agora, defendeu o presidente da Câmara, é necessário que o governo comece, de fato, a cortar gastos para resgatar a credibilidade. “O equilíbrio orçamentário tem que s