CGU abre inscrições para as empresas aderirem ao Pró-Ética 2016
Até o dia 13 de maio, empresas privadas podem ser inscreverem para o Pró-Ética 2016. A iniciativa é da Controladoria-Geral da União – CGU e do Instituto Ethos, que reconhece empresas comprometidas com a integridade, transparência e combate à corrupção no ambiente corporativo. A adesão é voluntária.
Os pedidos serão avaliados por um comitê gestor, presidido, alternadamente, pela CGU e pelo Instituto Ethos, e composto por mais oito instituições dos setores público e privado, reconhecidas no meio empresarial. Na última edição, foram premiadas 19 entidades dos mais diversos ramos, como energia, finanças e tecnologia.
Para participar, primeiramente, a empresa preenche um formulário eletrônico, com demonstração de interesse, no site da CGU. Em seguida, é enviada senha de acesso ao sistema, onde estão disponibilizados a análise de perfil e o questionário de avaliação para preenchimento. As respostas à análise de perfil são declaratórias, sem necessidade de comprovação documental, e dispõe sobre área de atuação, estrutura, relação com a Administração Pública.
Já o questionário, feito com perguntas abertas, aborda seis áreas: comprometimento da alta direção e compromisso com a ética; políticas e procedimentos; comunicação e treinamento; canais de denúncia e remediação; análise de risco e monitoramento e transparência e responsabilidade no financiamento político e social. Para cada questão, há uma pontuação. A empresa deve enviar documentos comprobatórios para cada resposta, que será avaliada pelo comitê gestor. Após aprovação, a empresa assina termo de compromisso com a ética e a integridade e passa a ser uma empresa Pró-Ética.
Bom funcionamento da corporação
De acordo com o advogado e professor de Direito Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, a busca por mecanismos de combate a corrupção, seja no setor público, seja no setor privado, é um caminho importante não apenas para a busca pela ética, mas principalmente para o bom funcionamento das corporações.
“Após a sanção da Lei Anticorrupção Empresarial, as empresas passaram a buscar mecanismos mais eficientes de adoção de medidas de integridade para a atuação comercial”, afirma.
O professor ressalta que, atualmente, algumas entidades como o Instituto Escola Protege Brasil atuam na consolidação de mecanismos de controle interno nas empresas, garantindo políticas efetivas de integridade para essas corporações.
“Governança corporativa e gestão de riscos são práticas que ajudam a construir esse ambiente de integridade nas empresas”, conclui Jacoby Fernandes.