Wellington César Lima e Silva assume lugar de Cardozo

O procurador do Ministério Público da Bahia Wellington César Lima e Silva ocupará o lugar de José Eduardo Cardozo no Ministério da Justiça. Ele é ligado ao ministro da Casa Civil, o petista Jaques Wagner.  A mudança, no entanto, causou bastante polêmica.

No Congresso, a entrada de Wellington César em um dos ministérios mais prestigiados da Esplanada foi alvo de críticas da oposição. O líder do Democratas na Câmara apontou suspeitas acerca das razões da saída de Cardozo.

A saída do ministro Cardozo, como nós vimos, foi uma exigência do ex-presidente Lula, que está sendo investigado por ter usado e supostamente ser o dono de um sítio em Atibaia, em São Paulo, e também de um triplex no Guarujá. Eu fico um tanto quanto preocupado, porque o próprio governo do PT dizia que nunca havia se investigado tanta corrupção no governo, e é verdade, porque um governo que promove a corrupção tem que ser investigado”, disse o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), líder do DEM.

O líder do governo no Senado rebateu.

Não, de forma alguma. Primeiro porque o PT, ao que eu saiba, não tem feito pressões nenhuma no sentido de frear qualquer tipo de investigação. Segundo que a marca desse governo tem sido exatamente aquela de fortalecer os órgãos de controle e investigação e dar autonomia para o trabalho, especialmente da Polícia Federal. Terceiro que quem vier assumir eu não tenho dúvida nenhuma que dará continuidade a esse trabalho”, salientou o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo.

Delegados manifestam preocupação com mudanças

Antes mesmo de ser oficializada a saída de Cardozo, a Associação Nacional dos Delegados se disse preocupada com a troca “em razão de pressões políticas e tentativa de controle dos trabalhos da Polícia Federal”.

Será que o novo ministro vai ser indicado ou foi indicado com a missão de interferir ou tentar interferir nos trabalhos da Polícia Federal. Nós estamos atentos para proteger a Polícia Federal de qualquer tentativa de interferência. Nós acreditamos que ela não vá acontecer e aguardamos do novo ministro da Justiça que em sua primeira declaração pública como ministro ele tenha o compromisso de preservar a autonomia da Polícia Federal e a independência das investigações criminais”,  desabafou Carlos Eduardo Sobral, presidente da Associação Nacional dos Delegados da PF.

O novo ministro deve manter a atual direção da Polícia Federal. Nesta segunda-feira (29) ele já conversou com Leandro Daiello, diretor-geral da PF. 

Redação Brasil News

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