Governo Temer: dos 23 nomes de ministros, sete são investigados pela Justiça
Michel Temer divulgou a lista de ministros de seu novo governo logo após assumir a Presidência interinamente na quinta-feira (12). A novidade, porém, é que dos 23 nomes escolhidos, sete são investigados pela Justiça ou já foram condenados. Henrique Alves, Romero Jucá, Geddel Vieira Lima, Ricardo Barros, José Serra e Gilberto Kassab, nomes que compõem a lista dos ministérios, são suspeitos de crimes como improbidade administrativa.
Veja, abaixo, um pequeno perfil de alguns ministros.
Fazenda
Sua passagem como presidente do Banco Central, no governo Lula, é lembrada por transparência na comunicação. Foi um ciclo bem sucedido de redução de juros, a inflação controlada e um crescimento contínuo do PIB.
Meirelles já foi candidato à deputado federal por Goiás, tendo sido o mais votado no Estado. Porém, não chegou a ocupar a cadeira, preferindo a função no Banco Central.
O novo ministro é filiado ao PMDB.
Planejamento
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é declaradamente integrante da base de Temer. Ele é presidente da sigla e foi líder dos governos FHC, Lula e Dilma no Senado.
Foi presidente da Funai nos anos 1980. Em 2005, foi também ministro da Previdência Social do governo Lula, mas deixou o cargo depois de quatro meses, suspeito de corrupção.
Hoje, o senador é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo as investigações, ele pode ter recebido propina de contratos do setor elétrico disfarçada de doação eleitoral a seu filho, que concorreu ao cargo de vice-governador de Roraima em 2014.
O novo ministro do Planejamento é ainda investigado no principal inquérito da Lava Jato no STF, que investiga formação de quadrilha no esquema de desvios da Petrobras.
Casa Civil
Eliseu Padilha foi ministro da Aviação Civil no governo Dilma e dos Transportes de FHC.
No governo do PT, sua permanência foi breve. Ele foi anunciado como ministro em dezembro de 2014, pediu demissão em dezembro de 2015, um dia antes do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitar o pedido de impeachment. Na época, ele disse que tinha “razões pessoais” para abandonar o cargo.
Com 70 anos, Padilha foi três vezes deputado federal pelo Rio Grande do Sul.
Todos os seus mandatos foram exercidos no PMDB, sigla ao qual é filiado desde 1966.