Suspeitos de estupro coletivo tentam culpar vítima
Após a divulgação de cenas do estupro, a jovem C.B. de 16 anos, agora, enfrenta uma nova selvageria: a tentativa dos bandidos que cometeram o crime de difamá-la. Eles espalharam na internet áudios e fotos que sugerem envolvimento da adolescente com traficantes.
Parte do material sugere que a culpa pelo ocorrido é da própria vítima. Em uma das gravações, um homem defende o bando de estupradores: “Sacanearam nada, mané. Ela que quis dar pra ‘tropa’. Tá maluco?! Senão o ‘Da Rússia’ já ia bater neurose, filho”.
Da Rússia seria Sergio Luiz da Silva Junior, gerente do Morro da Barão, que tem mandados de prisão por tráfico, e o principal ajudante de Luiz Cláudio Machado, o Marreta, preso no Paraguai em 2014.
O ‘trem bala do Marreta’, aliás, chega a ser citado por um dos bandidos, no momento em que filmavam C. B. deitada, inconsciente, no dia seguinte ao estupro. Todos os detalhes serão investigados pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
Defesa diz que jovem é fantasiosa
O advogado do ex-namorado da jovem, o jogador de futebol Lucas Perdomo, afirmou que a versão dada por C.B., de 16 anos, é fantasiosa. De acordo com ele, Lucas ficou com outra garota na festa e nem encostou na jovem.
Antunes, porém, não esclareceu outras questões importantes. Em primeiro lugar, nas imagens o divulgadas é possível ouvir as vozes de dois homens. Além disso, um terceiro rapaz, Raphael Assis Belo (que já foi reconhecido pela adolescente), aparece faz uma foto com C.B. desacordada.
Outra tese sustentada pelos advogados de defesa é de que a versão de que 30 homens praticaram sexo com ela é mentira. “Isso eles falaram por causa de um funk que é cantado no baile da favela, de que um homem engravidou mais de 30 mulheres.”