Empresário confirma propina a Temer

O empresário José Antunes Sobrinho, um dos donos da construtora Engevix, continua em prisão domiciliar a poucos metros da força-tarefa em Curitiba. Antunes apontou, em delação premiada, que o presidente interino Michel Temer foi o beneficiário de R$ 1 milhão de propina, paga pela Engevix, como recompensa por um contrato de R$ 162 milhões da empreiteira com a Eletronuclear. As informações são da revista Época.

O atual presidente, do PMDB, negou as acusações na ocasião. Na proposta de delação, Antunes conta que o ex-coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, sócio da empresa de arquitetura Argeplan e “pessoa de total confiança de Michel Temer”, era o personagem principal na construção da usina Angra 3 com a Eletronuclear, repassando o valor de R$ 162 milhões, e se comprometeu a subcontratar a Engevix para realizar a obra. Em troca, a empreiteira transferiria R$ 1 milhão para “suprir interesses de Michel Temer”.

A proposta de delação premiada revela detalhes sobre o caso. Nas afirmações, Antunes diz que pediu para que uma prestadora de serviços da Engevix fizesse o pagamento para Lima, para disfarçar.

De acordo com a proposta de delação, o repasse foi feito pela empresa Alúmi Publicidades, que prestava serviços de mídia ao aeroporto JK, de Brasília, controlado pela Engevix.
Com as revelações do executivo, o dinheiro pode ser rastreado pelos investigadores para que seja verificado se Temer foi de fato beneficiado, como aponta Antunes – o que, novamente, o presidente interino nega com veemência.

Pouco tempo depois do pagamento da propina, Lima diz ter viajado ao Panamá e ao Uruguai, dois conhecidos paraísos fiscais usados por operadores da Lava Jato para camuflar dinheiro.

Redação Brasil News

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