João Santana e Mônica Moura admitem caixa dois em campanha de Dilma em 2010
O publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, confessaram, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro na última quinta-feira (22), que receberam pagamento no exterior referente a uma dívida de campanha do PT nas eleições de 2010. Os questionamentos foram realizados na ação penal em que os investigados respondem na Operação Lava Jato. O casal está preso desde fevereiro em Curitiba.
Durante o depoimento, Mônica Moura, que era responsável pela parte financeira da empresa de marketing do casal, afirmou que recebeu US$ 4,5 milhões em uma conta off shore na Suíça, administrada pelo empresário Zwi Skornick, acusado de operar os pagamentos ilegais, de acordo com apurações da Lava Jato.
Segundo Mônica, a transferência era referente a uma dívida por serviços prestados ao PT durante a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. A empresa do casal fez trabalhou no marketing da campanha.
Mônica disse que, em 2013, passou a pressionar o ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, para que liquidasse a dívida, estimada em US$ 10 milhões. A partir daí, segundo ela, recebeu a indicação de Vaccari para procurar Skornick, que seria responsável pelo pagamento de uma parcela.
Questionada pelo juiz Sérgio Moro chegaram a ser informados à Justiça Eleitoral, Mônica Moura respondeu: “Não, não foi. Foi caixa dois mesmo”.