Marco Aurélio Mello autoriza quebra de sigilo bancário de Maranhão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, autorizou a quebra do sigilo bancário do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PMDB-MA). A determinação foi tomada após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na avaliação da procuradoria, há “fortes indícios” de que Maranhão recebeu vantagens “indevidas” para atuar em diversas prefeituras a favor de um esquema ilegal que enviava investimentos de regimes de previdência de servidores públicos municipais.
A assessoria de Maranhão disse, por meio de nota, que o presidente interino da Câmara está “tranquilo” e que, para ele, a quebra de sigilo é “absolutamente normal” dentro de uma investigação. “Quanto mais se investigar, mais se concluirá pela absolvição”, afirmou a assessoria (veja a nota completa ao final desta reportagem).
A investigação sobre Maranhão foi aberta em 2013 no STF a partir da Operação Miqueias, que descobriu o esquema que teria desviado ao menos R$ 50 milhões da previdência de servidores de prefeituras de nove estados e do Distrito Federal.
A suposta participação de Maranhão no caso foi descoberta em uma interceptação telefônica sobre o doleiro Fayed Treboulsi, apontado como o chefe do esquema. Também foram gravados em conversas com ele os ex-deputados federais, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Eduardo Gomes (PSDB-TO). Na época, todos negaram qualquer relação com fraudes.