MPF denuncia 15 por frauda nas obras da Usina de Angra 3

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou, nesta quinta-feira (28), 15 pessoas envolvidas em uma organização criminosa responsável por um esquema de fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro em contratos entre Eletronuclear e as empresas Andrade Gutierrez e Engevix para as obras da Usina de Angra 3. As descobertas são resultado da denúncia feita à Força-Tarefa Lava Jato no estado.

Dentre os supeitos, estão os ex-dirigentes da Eletronuclear Luiz Antônio de Amorim Soares, Luiz Manuel Amaral Messias, José Eduardo Brayner Costa Mattos, Edno Negrini e Pérsio José Gomes Jordani, e mais os ex-executivos da Andrade Gutierrez e Engevix.

A Lava Jato começou em março de 2014 no Paraná e, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o processo contra o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz, sua filha Ana Cristina da Silva Toniolo e executivos da Andrade Gutierrez e da Engevix, foi enviado à Justiça Federal do Rio de Janeiro. Por isso, desde o fim do ano passado, houve o aprofundamento das investigações no âmbito do MPF/RJ.

Recentemente, a polícia deflagrou a Operação Pripyat. Nela, foram quebrados os sigilos bancário e fiscal, houve colaboração premiada, interceptações telefônicas, mandados de busca e apreensão, prisões preventivas, além do compartilhamento de provas.

Para os procuradores da República Lauro Coelho Junior, Leonardo Cardoso de Freitas, Eduardo Ribeiro Gomes El Hage, e o procurador regional da República José Augusto Simões Vagos, responsáveis pela denúncia, “a presente denúncia apresenta o resultado da parcela mais significativa da investigação levada a cabo pelo Ministério Público Federal, cujo desfecho foi consumado na denominada Operação Pripyat, desdobramento da 16ª Fase da Operação Lava Jato (Radioatividade)”.

 

Redação Brasil News

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