Rodrigo Maia diz que não definirá prazo para votação do processo de cassação de Cunha
O novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não estipulou uma data para a votação final do processo de cassação do ex-presidente da Casa deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Questionado, Maia elogiou o trabalho de Cunha, disse que ajudou a elegê-lo e ponderou que o desfecho do processo deve ocorrer “dentro das regras da Casa” e quando houver “quórum adequado”.
“Vamos colocar em votação quando [o processo] estiver pronto para tal”, afirmou Maia. “Não estou aqui nem para ajudar, nem para prejudicar o Eduardo”, completou.
Antes de ir para votação em plenário, o processo de Cunha depende de decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na última quarta-feira (13), a comissão adiou, mais uma vez, a votação do recurso de Cunha contra a decisão do Conselho de Ética.
Apoios
Logo após tomar posse na presidência da Câmara, Rodrigo Maia disse que sua vitória só foi viável com o apoio dos partidos de oposição ao governo do presidente interino, Michel Temer.
“Sem a esquerda não venceria. O resultado da votação provou que é possível construir um novo momento. Tivemos votos da base e da oposição”, afirmou.
Em troca do apoio dos partidos de oposição a Temer, o presidente eleito da Câmaradisse que vai garantir o direito das minorias. Ele, no entanto, ponderou que os partidos que o apoiaram no segundo turno da disputa contra Rogério Rosso (PSD-DF) não apresentaram sugestões de pauta a serem analisadas como prioritárias.
Votações
Questionado sobre a pauta de votações, Maia garantiu que as prioridades são a proposta de emenda Constituição (PEC) do teto de gastos públicos, o alongamento da dívida dos estados com a União, a PEC dos Precatórios, o projeto que muda as regras de exploração da camada do pré-sal e a reforma da Previdência, que continua em debate entre o Palácio do Planalto e centrais sindicais.