Sem PMDB, ajuste fiscal não sai, reconhece governo

O presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, recebeu, na noite desta segunda-feira (23), o presidente do Senado, Renan Calheiros, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ministros e líderes do PMDB para discutir com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estratégias para viabilizar a aprovação das medidas econômicas do governo no Congresso.

Michel Temer puxou para si a responsabilidade de dar andamento ao ajuste fiscal e tentar negociar com o Congresso a aprovação das medidas provisórias editadas pelo governo que tratam de assuntos antipopulares, como a redução de benefícios trabalhistas. Para surpresa dos peemedebistas, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, compareceu ao encontro, que previamente seria restrito a partidários.

Renan Calheiros alertou para o fato de a base aliada não possuir uma estratégia de atuação, e diz que essa é a principal causa para o desalinho entre Executivo e Legislativo. Em outro momento, Renan Calheiros se comprometeu com a parcela “menos favorecida”, que dependem de benefícios sociais e trabalhistas para sobrevivência.

Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, defendeu as ações. Para ele, as medidas são necessárias para que o Brasil não seja rebaixado pelas agências de classificação de risco.

A propostas apresentadas pelo governo modificam as regras para concessão de benefícios como seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte e auxílio-doença.

Aprovado pelos parlamentares, o percentual de 6,5% na tabela foi vetado por Dilma Rousseff em janeiro. Quando maior o ajuste do Imposto de Renda, maior benefício para a classe trabalhadora. A presidenta Dilma Rousseff defende um reajuste de apenas 4,5%. Temer garantiu intensificar o diálogo com o Congresso para que haja um consenso nesta matéria. O percentual deve ser definido com a votação no Congresso do veto da presidente, que ainda tem prazo até trancar a pauta das sessões conjuntas.

Redação Brasil News

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