Dilma deve seguir exemplo de Renan e cortar gastos públicos
O presidente do Senado, Renan Calheiros, em conversas privadas com parlamentares e autoridades governamentais, quando o assunto são os gastos públicos e o pacote fiscal do governo para se atingir o superávit primário de 1,2% este ano, tem afirmado que o melhor caminho para a presidente Dilma é seguir seu exemplo, que nesses últimos dois anos, segundo a assessoria do senador, promoveu a economia global de R$ 530 milhões, conforme destaca o jornalista Leonardo Souza, em sua coluna publicada nesta data, dia 12, no jornal “Folha de S. Paulo”.
Leonardo Souza entende que Renan nos últimos dois anos 2013/2014 realmente tem exemplos a dar à presidente Dilma Rousseff, e lembra que “desde que assumiu, nesta segunda passagem, a presidência do Senado, Renan promoveu uma série de cortes de despesa na Casa”. O colunista da Folha acha que Dilma poderia dar o exemplo e sugere começar “num primeiro momento, extinguindo boa parte dos 39 ministérios de seu governo – muitos dos quais, diga-se de passagem, servem apenas de cabide de emprego para acomodar aliados fisiológicos. Num segundo momento, poderia reduzir drasticamente os 23 mil cargos comissionados do Executivo federal”.
EXEMPLO A SER SEGUIDO
Leonardo Souza lembra que enquanto os custos do pacote fiscal do governo fiscal recairão na conta do trabalhador, Renan Calheiros promoveu cortes profundos nos gastos do Senado, acabando com privilégios históricos a exemplo do serviço hospitalar nas dependências da Casa, “um privilégio que custava anualmente R$ 6 milhões para atender servidores e senadores. Como todos tinham e têm planos de saúde, o Senado mantinha um hospital caro e pagava por um plano de saúde que pouco era usado, pois muitos preferiam ser atendidos no hospital da Casa.”
As ações de contenção de despesas se estenderam também aos “gabinetes parlamentares, lideranças e Mesa Diretora, onde foram extintas 672 funções comissionadas – uma diminuição de 34,7% do total, gerando uma economia de R$ 10,4 milhões em 2013 e de R$ 11,1 milhões no ano passado. Implementou a jornada de sete horas corrida de trabalho, preservando R$ 160 milhões. Houve um corte nos salários acima do teto constitucional, medida que atingiu cerca de 1 mil servidores, resultando numa economia de R$ 8,1 milhões por ano”. Renan também promoveu fusões e incorporações de vários órgãos internos do Senado. Reviu, cancelou e reduziu valores de contratos. Reviu todas as aposentadorias por invalidez. Eram 117. Desses, 15 servidores foram obrigados a voltar a trabalhar. “Mas numa coisa o senador tem razão: Dilma precisa dar o exemplo se quer convencer trabalhadores, empregadores e congressistas da necessidade do ajuste fiscal”, concluiu o colunista Leonardo Souza.