Em Brasília, Cunha volta a criticar atitudes do Governo Federal

Em encontro que reúne empresários de Brasília, na tarde de ontem, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a criticar o governo de Dilma Rousseff. Questionado sobre as diferenças de agenda entre a Casa e o Palácio do Planalto, ele respondeu que “o parlamento pode ter todas as agendas possíveis, porque no fundo vai prevalecer aquilo que a maioria deseja”.

Para Cunha “quando se gente discute a retomada do crescimento econômico é porque todo mundo quer.  Quando você diz que não quer aumentar a carga tributária é porque ninguém aguenta mais aumento de carga tributária no país. O que eu tenho que fazer é: ou a economia cresce para que a arrecadação proporcional permita que eu possa aumentar as despesas em função do aumento da arrecadação ou eu tenho que diminuir as despesas. Não tem outra forma da gente tratar esse problema. O resto é querer cobrir ineficiência”, apontou.

O presidente da Câmara disse ainda que é difícil separar crise econômica de crise política. “Elas são duas crises que nascem e morrem juntas. Uma acaba realimentando a outra e uma acaba anulando a outra. Mas a prioridade é sempre resolver a crise política, porque a crise política te proporciona as condições políticas para enfrentar a econômica”.

Cunha também alfinetou o ajuste fiscal feito pelo Governo Federal. “É pífio”, disse. “E ele não tem nem relevância numérica no problema do cálculo do superávit”, criticou. “A crise política potencializa que você não tem capacidade de controle. Por isso que as duas vivem juntas e é muito importante, principalmente no momento que a gente está, restabelecer a confiança”, apontou o presidente da Câmara.

Cunha, no entanto, negou que suas diferenças de opinião com o Palácio do Planalto interfiram na relação com o Governo Federal. “Eu nunca tive dificuldade nenhuma de dialogar com quem quer que seja. E jamais terei dificuldade de manter qualquer tipo de diálogo para aquilo que está acontecendo que dependa da pauta por mim comandada ou que dependa da Casa por mim presidida”.

Questionado também sobre a tentativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Cunha disse apenas que “o dia a dia vai acabar respondendo a todos pelos fatos exatos e pelas atividades políticas propriamente ditas”.

Redação Brasil News

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