"Não haverá no Congresso Nacional pauta-bomba", afirma Renan Calheiros

Em sua primeira entrevista, após o recesso branco, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), garantiu que não haverá apreciação de pautas-bomba, aquelas implicam aumento de gastos para o governo. “Não haverá no Congresso Nacional pauta-bomba, ao contrário, nós estamos preocupados em desarmar a bomba que está posta aí, na economia. Eu não sou nem governista nem antigovernista, vou me pautar sempre como presidente do Congresso Nacional, um poder independente, autônomo, que quer colaborar com o país, com olhar sempre da sociedade”, afirmou.

Renan Calheiros ressaltou que o país cobra uma postura independente e, por isso, não será um colaborador do Executivo. “Nós caminhamos com relação à independência e ela hoje é incompatível com uma colaboração com o governo. Eu quero colaborar com o país. Nós vamos continuar fazendo críticas, apontando erros, mas, fundamentalmente, colaborando com o país”, salientou.

O presidente do Congresso detalhou ainda a conversa que teria com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na residência oficial do Senado. “O Congresso tem procurado colaborar sempre. Nós temos muita preocupação com o agravamento da crise econômica e social e vamos continuar colaborando”, afirmou.

Entre os assuntos a serem tratados no encontro, disse, está a unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), como medida necessária para o fim da chamada “guerra fiscal” entre os estados.

Meta fiscal
Renan falou ainda da proposta de revisão da meta fiscal, encaminhada pelo governo federal ao Congresso. Para ele, a proposta era inevitável, apesar de discordar dela. “A mudança, como se fez, pareceu um pouco precipitada, sem planejamento, mas o fundamental é que retomemos aquela conversa do final do semestre [com o ministro Joquim Levy] para que nós tenhamos uma agenda de interesse do Brasil do ponto de vista da economia, e eu vou me dedicar para que isso efetivamente aconteça”, disse.

PGR

Renan Calheiros assegurou que não vai interferir na escolha para a vaga de Procurador Geral da República, hoje ocupada por Rodrigo Janot, que pleiteia a recondução. “Eu queria repetir o que já disse anteriormente, eu não amesquinharei o cargo de presidente do Congresso Nacional. Essa indicação como vocês sabem, é uma indicação da presidenta da República. Ela não me envolverá pessoalmente”, garantiu.

Redação Brasil News

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