Em entrevista para rádios, Dilma diz que governo já cortou todos os gastos

A presidente Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira, que o governo não tem mais onde cortar gastos. “No orçamento, nós cortamos tudo o que poderia ser cortado. Nós não cortamos os programas sociais, como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida, o Prouni, o Fies, o Mais Médicos, a construção de postos de saúde, as cisternas e também os investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos”, disse, em entrevista a rádios da Paraíba.

Dilma disse, mais uma vez, que o governo não irá terceirizar a responsabilidade de apontar os cortes necessários para zerar as contas. “Quando você está passando por uma dificuldade, você tem que preservar aquilo que garante que assim que essa dificuldade passar, você avance. Você continue levando o país a uma melhoria de distribuição de renda, a mais inclusão social, a mais participação na riqueza do país. Para isso, tem alguns gastos que são essenciais, que são esses que eu disse. E, portanto, nós não podemos cortar esses gastos para evitar o retrocesso”, complementou.

Histórico

Na última quarta (2), depois da proposta orçamentária com déficit gerar debates acalorados no parlamento, a presidente da República disse que o governo não quer “transferir para ninguém” a responsabilidade de alavancar a economia.

Ainda segundo a chefe do Executivo, as maiores despesas na União ocorrem nas áreas de previdência, benefícios assistenciais, funcionalismo e gastos obrigatórios. Juntas, essas contas consomem 88% dos R$1,2 trilhão do orçamento para 2016.

“O que faz desequilibrar são os gastos previstos na lei e que, queira ou não, o governo tem que cumprir. Tem que ter cuidado com leis que criam custos”, justificou a presidente.

Ato falho?

Diante do cenário, até o vice-presidente Michel Temer, figura passiva durante a crise, cometeu o que especialistas chamam de “ato falho”. Em entrevista, ele afirmou que o índice de aprovação do Governo Federal é baixo e “ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo”.

Redação Brasil News

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