Premiação de DiCaprio ofusca outros vencedores do Oscar 2016
Depois de campanhas espalhadas por todo o mundo, finalmente Leonardo DiCaprio levou a estatueta do Oscar. Nem os seis prêmios conquistados por “Mad Max: Estrada da Fúria”, nem a estatueta de melhor filme para “Spotlight: Segredos Revelados”, tiraram o foco do triunfo do ator, que esperava pelo prêmio desde Titanic (1997). Esta já era a sexta indicação de Dicaprio. A penúltima foi por sua atuação em “O Lobo de Wall Street” (2014).
O ator foi ovacionado pela Academia e, em seu discurso, agradeceu não só à equipe do filme “O Regresso”, pelo qual ganhou o Oscar de melhor ator, mas a todos que participaram de sua carreira, desde o primeiro filme.
Em seu discurso, Leonardo DiCaprio chamou atenção ainda para as mudanças climáticas, uma das causas que apoia, que fez com que a equipe do filme tivesse que se mudar do Canadá para a Argentina para achar neve.
“A mudança climática é real. Está acontecendo agora. É a ameaça mais urgente à nossa espécie, e precisamos trabalhar coletivamente e parar de procrastinar. Precisamos apoiar os líderes do mundo todo que não falam pelos grandes poluidores e grandes corporações, mas que falam por toda a humanidade, pelos povos indígenas do mundo, pelos bilhões e bilhões de pessoas desamparadas que serão as mais afetadas por isso, pelos nossos netos, e por essas pessoas que tiveram suas vozes afogadas pela ganância política”, afirmou o ator.
Em número de prêmios, “Mad Max: Estrada da Fúria” foi o grande vencedor do Oscar 2016, com seis categorias, entre elas as de montagem, figurino, design de produção e maquiagem e cabelo.
E a grande surpresa da noite, já que “O Regresso” era o preferido até então, ficou com o longa “Spotlight: Segredos Revelados”, que ganhou o Oscar de melhor filme.
“O Regresso”
“O Regresso”, de Alejandro G. Iñarritú, que vinha ganhando favoritismo nas últimas semanas, ganhou os prêmios de melhor ator (DiCaprio) e fotografia. Foi a segunda vez seguida em que Iñarritú foi vencedor da categoria de melhor direção (venceu em 2015 com “Birdman”) e o terceiro Oscar consecutivo para um diretor mexicano (Alfonso Cuarón venceu em 2014 com “Gravidade”).