WikiLeaks garante que EUA espiona líderes mundiais
O site WikiLeaks revelou, nesta segunda-feira (22), novos documentos que mostram a espionagem por parte da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) de líderes mundiais. Entre eles, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu; o ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
A organização criada por Julian Assange disse ainda que a NSA colocou escutas secretas em um encontro entre Ban e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Relatos anteriores já apontavam que Merkel tinha sido monitorada pelos serviços de inteligência dos EUA em outras ocasiões.
O WikiLeaks ressaltou que uma conversa entre Netanyahu e Berlusconi foi espionagem americana. Além disso, um encontro entre responsáveis de comércio do alto escalão da União Europeia (UE) e do Japão também foi monitorada pelos americanos.
Nos documentos obtidos pelo WikiLeaks, Merkel e Ban tratavam sobre como lutar contra a mudança climática. Netanyahu teria pedido a Berlusconi ajuda para lidar com o governo dos EUA liderado pelo presidente Barack Obama. Já Sarkozy fala ao ex-primeiro-ministro da Itália dos perigos do sistema bancário de seu país.
“Será interessante ver a reação da ONU, já que se o secretário-geral pode ser um alvo (da espionagem dos EUA) sem nenhuma consequência, então qualquer um, desde um líder mundial a um varredor de rua, estaria em risco”, destacou Assange.
Histórico
O WikiLeaks tornou-se de conhecimento público entre julho e outubro de 2010 após revelar documentos secretos da guerra do Afeganistão (2001) e da segunda Guerra do Iraque (2003), a partir de vazamentos fornecidos pelo soldado americano Bradley Manning, que é transexual e atualmente se chama Chelsea Manning.