PMDB rompe oficialmente com o governo de Dilma Rousseff
Agora é oficial. Em reunião do diretório nacional, nesta terça-feira (29), o PMDB anunciou o rompimento oficial com o governo Dilma Rousseff. A votação foi feita por aclamação dos integrantes da sigla, com parlamentares pedindo a medida, que encerra uma aliança rachada desde a reeleição da presidente, em 2014. Não participaram do encontro o vice-presidente da República, Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros.
A reunião, de menos de cinco minutos, foi presidida pelo senador Romero Jucá (PE), que assumiu o rompimento para evitar maiores constrangimentos entre o vice Michel Temer, presidente nacional do PMDB, e a presidente Dilma Rousseff.
Hoje, a legenda ocupa seis ministérios: Kátia Abreu (Agricultura), Mauro Lopes (Aviação Civil), Helder Barbalho (Portos), Marcelo Castro (Saúde), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Celso Pansera (Ciência).
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – réu no Supremo Tribunal Federal e julgado por quebra de decoro parlamentar por seus pares no Conselho de Ética –, responsável por acatar o pedido de impeachment contra Dilma, participou da reunião, que ocorreu na Casa.
Impeachment ganha força
Agora, a situação fica ainda mais complicada para a presidente Dilma Rousseff. A saída do PMDB da base aliada é considerada a grande derrota sofrida pelo governo.
O rompimento reforça as chances de mais deputados do partido abandonarem o governo, aumentando ainda mais a possibilidade de impeachment da presidente. A expectativa é que o processo vá para votação em Plenário em 17 de abril. Para ser aprovado, é necessário o apoio de 2/3 dos 513 parlamentares da Câmara.