Dilma Rousseff afirma: “não vamos permitir que nossa democracia seja manchada”
Em discurso para representantes de movimentos sociais e sindicatos, a presidente Dilma Rousseff disse que a democracia no Brasil está “ameaçada” e que as regras do jogo não podem ser rompidas. Na avaliação da petista, caso contrário, a relação entre as pessoas fica “problematizada”.
Ela lembrou que, na ditadura, a ligação é de imposição e que não há democracia “quando o direito de alguns é atropelado pelo arbítrio de outros”. As afirmações foram feitas nesta sexta-feira (1o).
“Hoje, precisamos nos manter vigilantes e oferecer resistências às tendências antidemocráticas e às provocações. Nós não defendemos qualquer processo de perseguição de qualquer autoridade porque pensa assim ou assado. Nós não defendemos a violência. Eles [os opositores] defendem. Eles exercem a violência. Nós, não. Sem democracia, a estrada das lutas pela igualdade, contra o preconceito será muito mais difícil. Por isso, nós não vamos permitir que nossa democracia seja manchada”, afirmou a presidente Dilma, que enfrenta um processo de impeachment na Câmara dos Deputados.
A plateia gritou “Não vai ter golpe, vai ter luta” e “Viva a democracia”. No encontro, a presidente assinou 25 decretos de desapropriação de imóveis rurais para reforma agrária e regularização de territórios quilombolas, no total de 56,5 mil hectares.
Esta semana, o governo da petista recebeu apoio de intelectuais e artistas e de movimentos sociais ligados à moradia. Já na semana passada, juristas foram ao Palácio do Planalto em defesa da presidente e contra o impeachment.