Após divulgação de áudios, Planalto quer encurtar do impeachment
A revelação de que Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro (subsidiária da Petrobrás), teve sua delação premiada aceita pelo Superior Tribunal Federal (STF) reforçou a ideia do governo de tentar encurtar os caminhos para um impeachment definitivo de Dilma Rousseff no Senado.
Na avaliação dos governistas, há, hoje, a quantidade de votos necessários para tirar de vez a petista do cargo. Eles também pretendem concluir o processo antes de um eventual aumento da crise política do país.
A estratégia agora é concluir o trâmite e enviar o processo de Dilma para o Senado ainda em agosto e não mais em setembro. Segundo apuração do jornal O Estado de S. Paulo, Machado teria citado mais nomes em sua delação, além dos já divulgados até agora.
O presidente em exercício Michel Temer não está diretamente ligado ao depoimento de Machado, porém importantes pilares de sua base de sustentação aparecem na delação premiada e nos áudios do ex-executivo da Transpetro.
Ministro pede informações sobre reforma administrativa
O ministro do STF Luís Roberto Barroso deu, no máximo, cinco dias para que o presidente em exercício Michel Temer explique a reforma administrativa realizada após o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência.
A informação teria causado ainda mais apreensão nos bastidores e fez crescer o temor de um novo período de aumento da crise política, o que causaria transtornos na gestão Temer e poderia atrapalhar sua estratégia de recuperação da economia, dependente da aprovação de medidas no Congresso Nacional.