Lava Jato investiga ex-senador e padre no Distrito Federal
A paróquia São Pedro, em Taguatinga, cidade do Distrito Federal, será investigada na Lava Jato. A suspeita é que o padre padre Moacir Anastácio esteja envolvido em lavagem de dinheiro. Os investigadores querem saber como ele gastou cada centavo de quase um milhão de reais recebidos das empreiteiras OAS, Andrade Gutierrez e Via Engenharia, em 2014.
O Ministério Público suspeita que o ex-senador Gim Argello (PDT-DF), preso e denunciado na Lava Jato, e o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) tenham usado a Casa de Deus em lavandeira com o consentimento do padre. As informações são da revista Veja.
Em depoimento prestado em Curitiba, o padre admitiu que pede dinheiro a empresários e a fiéis que frequentam a paróquia que administra. Como justificativa, ele teria explicado que a igreja possui uma área de 20,6 hectares e que está construindo com muito sacrifício um templo de 12,2 mil metros quadrados para acomodar uma das maiores festas religiosas do país, Pentecostes, que começa neste domingo (8).
Advogado diz que cliente não teme devassa
O advogado do padre Moacir, Wellington Medeiros, garantiu que o seu cliente não tem medo da devassa da PF nas contas da paróquia. Inclusive, salientou, o religioso já se adiantou, deixando com os investigadores da Lava Jato uma mala contendo todos os documentos contábeis da igreja, incluindo notas, extratos, cópia de cheques e balanços. “Nem sempre as pessoas entendem que é muito caro construir um templo de 12,2 mil metros quadrados em uma cidade em que cada metro quadrado construído custa 2,2 mil reais”, salientou.