Oposição reage à anulação do impeachment
“Decisão esdrúxula”, disse o líder do Democratas na Câmara, Pauderney Avelino (AM), referindo-se à anulação das sessões que votaram o impeachment. Ele ainda chamou o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de “desequilibrado” no comentário.
“Quero deixar claro que essa decisão dele não tem nenhum valor”, afirmou Avelino. “Não cabe mais ao presidente da Câmara agir sobre um processo jurídico perfeito e concluído. Vamos entrar no Supremo Tribunal com uma ação no sentido de preservar o direito dos parlamentares que se expressaram por sua expressiva maioria a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff”, completou o líder do partido.
Já o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), salientou que “a matéria remetida da Câmara para o Senado não tem caminho de volta”. “Trata-se de ato jurídico perfeito e acabado. Inacreditável a audácia dos protagonistas. Não resiste a um mandado de segurança”, avaliou.
O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que preside a Comissão Especial de Impeachment no Senado, destacou ainda que a anulação “não tem efeito jurídico ou prático”.
Para o peemedebista, “a Câmara perdeu total e absoluto controle no momento que entregou o processo ao Senado”. “O Senado Federal não segue o que determina a Câmara dos Deputados”, disse o parlamentar.
O relator da comissão especial do impeachment no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), preferiu não comentar a decisão por se tratar de um ato da Câmara.