Primeiro-ministro da França diz que país não se deixará desestabilizar nem cederá perante os terroristas
Em discurso, o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, disse nesta sexta-feira (15) que o“ato terrorista” de ontem à noite em Nice prova mais uma vez que há uma situação de “guerra” e garantiu que seu país, que é “uma grande democracia”, não se deixará desestabilizar nem cederá perante os terroristas.
“A França é um grande país e uma grande democracia que não vai se desestabilizar”, destacou Valls, em fala pública ao término do conselho de segurança e de defesa que presidiu o presidente francês, François Hollande.
O premiê também avisou que a França decretou três dias de luto nacional, de sábado a segunda-feira, por conta do atentado que deixou, até onde se sabe, 84 mortos em Nice.
As bandeiras da França estarão a meio mastro a partir desta sexta-feira nos edifícios públicos do país.
Manuel Valls anunciou ainda que o governo não medirá esforços para estender o estado de emergência em vigor na França desde os atentados de novembro de 2015 em Paris.
Caminhão atropela pessoas
Um ataque com um caminhão na cidade de Nice, no sul da França, deixou dezenas de mortos e feridos na noite da última quinta-feira (14). O veículo passou por cima das pessoas quando a multidão comemorava o feriado da Tomada da Bastilha, maior festa nacional do país.
Na avaliação do presidente francês, François Hollande, o “caratér terrorista do ataque não pode ser negado”.
Depois da queima de fogos do dia 14 de julho, um caminhão atropelou as pessoas que enchiam uma avenida à beira-mar , por volta das 23h (horário local).
Testemunhas relataram momentos de terror. Logo após os atropelamentos, o motorista do caminhão desceu do veículo e efetuou disparos contra a população. Segundo o Ministério do Interior, o motorista foi morto a tiros por forças de segurança.
Terrorista tinha passagens pela polícia
Segundo a polícia francesa, o terrorista que cometeu o ataque é um franco-tunisiano de 31 anos, residente na cidade e que tinha passagens pela polícia por violência a mão armada, mas não por radicalização jihadista.