Após fracasso, ex-auxiliar Michael Beale tenta prejudicar São Paulo
O São Paulo viveu mais um dia de turbulência nesta sexta-feira (8). Na véspera de uma decisiva partida pelo Campeonato Brasileiro (sábado, 19h), contra a Ponte Preta, no estádio do Morumbi, o ex-auxiliar técnico Michael Beale rompeu um voto de silêncio imposto por ele mesmo e, por meio de uma entrevista ao portal UOL, disparou críticas à gestão do clube, a quem responsabilizou por sua saída do posto, em julho deste ano.
Na ocasião, Beale pediu demissão (não foi demitido, mesmo após o São Paulo ter sido eliminado do Campeonato Paulista, da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, na sequência, e de o time estar nas últimas colocações do Campeonato Brasileiro). Ele alegou “mudanças de direção” do clube na ocasião para justificar sua saída _na véspera de uma importante partida contra o Flamengo. Sua saída causou surpresa ao treinador da época, Rogério Ceni. Segundo informações de bastidores, o inglês tinha problemas de relacionamentos com o elenco tricolor e enorme dificuldades por causa da língua.
Agora, Beale dispara críticas por todos os lados. E se coloca como um “profissional” em meio a uma gestão amadora. Seu principal alvo é o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, que lhe dirigia antipatia, segundo avaliação do inglês. Ele culpa também as várias vendas de jogadores, como Luiz Araújo e Maicon, e critica até o tratamento dispensado a Diego Lugano, ídolo tricolor.
Michael Beale não responde
Beale não responde, porém, sobre as inúmeras contratações pedidas pela comissão técnica da qual fazia parte, como a do goleiro Sidão, a do atacante Neilton (que já deixou o clube, enquanto Hudson, que foi para o Cruzeiro, brilha nas finais da Copa do Brasil) e a de Cícero (afastado do elenco). Também esconde o fato de que foi sua comissão técnica quem pediu a própria venda do Luiz Araújo e acreditava que Lucão era um jogador mais talhado para a função do que Maicon, num festival de incongruências. Beale também não responde por qual razão não colocava Lugano para jogar. Atira nos ombros da direção as responsabilidades por esse desempenho.
O SPFC se pronunciou por meio de nota oficial, classificando as colocações do ex-auxiliar técnico de “tentativa patética de criar intrigas”. Na 19 colocação do Brasileiro, o São Paulo precisa ganhar amanhã da Ponte e de uma combinação de resultados para sair do Z4 (zona de rebaixamento).
A entrevista concedida na véspera de um jogo importante visa tumultuar o ambiente depois de duas semanas intensivas de treinamento da equipe. Acontece também no momento em que a própria imprensa revela que a gestão do São Paulo conseguiu, em menos de dois anos, reduzir a dívida do clube em 50% _caiu de R$ 170 milhões para R$ 85 milhões. E logo após uma importante e corajosa depuração de fatos que desbaratou uma quadrilha criminosa que desviava, de dentro do departamento de marketing, ingressos de shows destinados ao clube.
No São Paulo, parece claro que há interessados em jogar contra e criar fatos de turbulência. Enquanto isso, porém, a torcida continua empurrando o time, lotando o estádio em todos os jogos do clube, aumentando o engajamento pelas redes sociais. A #UnidospeloSPFC é uma das mais proeminentes nas redes sociais atualmente.
Li a entrevista do Michael e não vi nenhuma intenção de “prejudicar o São Paulo”. Aliás foi coerente, sem grandes polêmicas, diferente do que mencionam alguns veículos locais de comunicação. Aqui não se suporta muito crítica franca e direta, principalmente se for de “gringo”.
Reportagem muito tendenciosa tentanto aliviar a diretoria tricolor, concordo plenamente com o que ele diz, um profissional no meio de uma diretoria amadora !