Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope, recebe Luciano Huck, que pede para ser incluído em pesquisas, diz a Folha

Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope, foi procurado pelo apresentador de televisão, Luciano Huck, em dezembro de 2017.

A informação está detalhada no Painel da Folha desta segunda-feira (1º). De acordo com a nota, Luciano Huck pediu a Carlos Augusto Montenegro que o incluísse nos próximos cenários a serem apresentados pelo instituto de pesquisa aos entrevistados.

Procurado, ainda de acordo com o Painel da Folha, Carlos Augusto Montenegro desconversou, não confirmou, nem negou o encontro. No entanto, afirmou que não há empecilho para que as sondagens incluam o nome de Luciano Huck.

Carlos Augusto Montenegro lembrou que, assim como Luciano Huck,

há outros nomes incertos na disputa, como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Para o presidente do instituto, ainda não há definição sobre quem serão os candidatos que disputarão as eleições de 2018, e apenas a partir de abril que os reais candidatos serão apresentados aos brasileiros.

Até lá estaremos fazendo pesquisas e teremos simulações, algumas com o Luciano Huck. Se, depois de abril, ele não tiver optado por algum partido, não estará mais na disputa”, disse Carlos Augusto Montenegro.

Carlos Augusto Montenegro : “o resultado da eleição de 2018 será imprevisível”

Para o presidente do Ibope, o resultado da eleição de 2018 será imprevisível, uma vez que, para os brasileiros, conceitos como direita e esquerda perderam significado.

“O que existe é uma decepção muito grande com a maiorida dos políticos e partidos”, salientou.

Em outubro, o Ibope apresentou a última pesquisa do ano com intenção de votos para presidente da República. Nela, o apresentador Luciano Huck alcançou 5% das intenções de voto para 2018 em um cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa.

Luciano Huck apareceu ainda empatado com o prefeito de São Paulo, João Doria, e com o governador do estado, Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.

No cenário sem Lula, Luciano Huck, João Doria e Geraldo Alckmin subiriam para 7% das intenções de voto.

Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, logo após a divulgação do Ibope, Luciano Huck negou a candidatura. No entanto, a conversa do apresentador com Carlos Augusto Montenegro, reacende a hipótese.

Rede, PPS e DEM, nos bastidores, não negam interesse em dar suporte ao apresentador se ele for a única candidatura de Centro capaz de decolar em um cenário consolidado de favoritismo para Lula e Bolsonaro.

Veja a íntegra no Painel da Folha, publicado nesta segunda-feira (1º):

Após afirmar que não vai concorrer ao Planalto, Huck pede para continuar em pesquisas eleitorais – Por Painel – folha SP 1/1

Novo de novo?

Em dezembro, depois de ter dito que não vai concorrer à Presidência, Luciano Huck teve uma reunião com o diretor do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Os dois trocaram análises. Segundos relatos, o apresentador disse que, para o Agora!, movimento do qual participa e que prega a renovação política, nenhum nome de centro conseguiu se firmar como opção viável para o Planalto. Huck arrematou a conversa com um pedido para que o Ibope não o exclua das sondagens eleitorais.

Para todos

Procurado para falar sobre o assunto, Montenegro não mencionou a conversa com Huck, mas defendeu a manutenção do nome do apresentador nas sondagens. “Por enquanto tudo é especulação. Não se sabe se o Lula poderá ser candidato –é muito provável que ele não seja–, mas o nome dele está em todas as listas”, disse.

Para todos 2

O diretor do Ibope citou outros nomes ainda incertos. “Henrique Meirelles (Fazenda) teria que sair do ministério… Até 6 de abril as pessoas precisam deixar cargos e escolher partidos. Teremos um quadro melhor nessa data. Até lá estaremos fazendo pesquisas e teremos simulações , algumas com o Luciano Huck.”

O limite

Montenegro diz que, depois de abril, “se ele não tiver optado por algum partido, não estará mais”. Ele salienta que “esse negócio de centro, direita e esquerda é muito relativo”. “O que existe é uma decepção muito grande com a maioria dos políticos e partidos. Isso torna a eleição imprevisível. Talvez a mais difícil desde a ditadura.”

Barriga de aluguel

Dirigentes do Agora! avaliam que de 15 a 20 integrantes do movimento devem sair candidatos a deputado estadual e federal. Há conversas avançadas com a Rede e o PPS.

Redação Brasil News

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