Temer sanciona lei que cria Sistema Único de Segurança

O presidente da República, Michel Temer, sancionou ontem, 11, o projeto de lei que cria o Sistema Único de Segurança Pública – Susp. O objetivo é integrar os órgãos de segurança pública, tais como as polícias federal e estaduais, as secretarias de segurança e as guardas municipais. O governo espera com isso criar uma base unificada nacional de dados sobre segurança pública.

Os recursos para o sistema são provenientes da arrecadação das loterias. Serão R$ 800 milhões oriundos apenas desta fonte em 2018. A estimativa do governo é que os recursos vindos de loterias cheguem a R$ 4,3 bilhões em 2022. Na solenidade de lançamento do Susp, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que a assinatura de contratos de gestão com os estados os vincularão ao cumprimento das metas preestabelecidas.

Serão repassados recursos da União aos demais entes federativos, mediante contrapartidas, a partir do cumprimento de metas de redução da criminalidade. É o caso, por exemplo, da queda nos índices de homicídio e da melhoria na formação de policiais.

O presidente vetou alguns pontos do Projeto de Lei que foi aprovado pelo Senado Federal em 16 de maio. Um deles pretendia incluir no sistema as medidas socioeducativas, destinadas a adolescentes em conflito com a lei. Segundo Jungmann, os “socioeducandos” permanecerão sob responsabilidade de outra pasta, a de Direitos Humanos. Outro ponto vetado equipararia agentes penitenciários aos policiais, o que teria impacto na remuneração dos profissionais. O terceiro veto sugeria a equiparação entre as aeronaves policiais e os aviões das Forças Armadas.

Proposta tenta coibir avanço da criminalidade

Conforme o advogado e professor de Direito Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, de autoria do Executivo e aprovado com o aval dos parlamentares, a proposta estabelece princípios e diretrizes dos órgãos de segurança e prevê proteção aos direitos humanos e fundamentais, além da promoção da cidadania e da dignidade do cidadão.

Estabelece como uma das metas a resolução pacífica de conflitos e a coibição do uso desproporcional da força. Certamente, o ponto mais positivo reforçado pelo Susp é o incentivo à eficiência na prevenção e repressão das infrações penais, já que o melhor caminho para se combater o crime é evitar que ele ocorra. As forças de segurança, agora mais integradas, deverão pensar estrategicamente em soluções conjuntas que combatam as raízes da violência do Brasil”, observa Jacoby Fernandes.

Redação Brasil News

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