Incêndio em CT do Flamengo: Corpo de Bombeiros do Rio vistoria Ninho do Urubu nesta terça-feira (12)
Especialistas do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, da prefeitura do Rio, da Procuradoria-Geral de Justiça do estado e do Ministério Público do Trabalho estão realizando uma vistoria detalhada, nesta terça-feira (12), no Centro de Treinamento George Helal, do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu, onde morreram dez atletas da base há quatro dias, em um incêndio.
A depender das constatações, o espaço pode sofrer interdição total ou parcial. O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, ressaltou que a diretoria do Flamengo assumiu as responsabilidades em relação à tragédia e comprometeu-se a dar apoio e acolhimento às famílias dos jogadores.
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, fez ontem (11) um pronunciamento, sem responder a perguntas. Segundo ele, o foco é prestar assistência às famílias das vítimas, tanto é que o clube disponibilizou psicólogos e trouxe parentes dos atletas de outras cidades para o Rio de Janeiro. De acordo com ele, o clube estuda, sim, a possibilidade de indenização.
“Falamos da nossa vontade de indenizar essas famílias o mais rapidamente possível, buscando com a Defensoria um processo de mediação, fazendo com que isso possa terminar o mais rápido possível. Pois, às vezes, os processos judiciais demoram muito tempo”, disse Landim.
O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro, Fábio Goulart Vilella, disse que, agora, após a tragédia, haverá um esforço da entidade para fiscalizar todos os centros de treinamento no estado do Rio.
Incêndio
De acordo com informações, o fogo no CT começou por volta das 5h do último dia 8, enquanto a maioria dos jovens ainda dormia. Dez adolescentes morreram no incêndio. Eles pertenciam às categorias de base do clube. A maioria é de outras cidades e estava em busca de realizar o sonho de se tornar jogador da primeira divisão.
Três jogadores ficaram feridos e foram hospitalizados. Um jogador teve alta médica. Segundo o Flamengo, Francisco Dyogo segue em curva de melhora, mas continua com demandas ventilatórias de oxigênio e ainda precisa de suporte com cateter nasal. Ele permanece internado no CTI.