Em entrevista a rádios do interior paulista, Dilma não garante que situação econômica possa melhorar em 2016
Depois de admitir que o governo demorou para perceber a gravidade da crise econômica, a presidente Dilma Rousseff disse que não pode garantir um futuro estável para o setor no que vem. “Não tenho como garantir que a situação em 2016 será maravilhosa. Muito provavelmente não será”, disse. No entanto, ela assegurou que estão sendo tomadas medidas para que o país volte a crescer e a gerar oportunidades. As declarações foram dadas em entrevista concedida por telefone às rádios Morada do Sol, de Araraquara (SP), e Difusora Ondas Verdes, de Catanduva, no interior de São Paulo, na manhã desta terça-feira (25).
“Vamos continuar a ter dificuldades, até porque não sabemos como mercado internacional vai se comportar”, salientou a presidente, ressaltando que muitos países estão enfrentando problemas econômicos, citando, como exemplo, a crise das bolsas chinesas.
“Acredito que é sempre assim: as pessoas querem que as coisas sejam imediatamente resolvidas. É compreensível, mas nem sempre ocorre assim, nem na vida da gente. Você enfrenta a dificuldade e o tempo ajuda a passar. Nossa ideia é que dificuldades sejam enfrentadas o mais rápido possível. Mas quanto mais gente estiver torcendo pro ‘quanto pior melhor’, mais longa será essa travessia”, afirmou.
A presidente argumentou que o governo não está “parado esse tempo”. Ela chegou a citar medidas com o objetivo de provocar a melhora na economia. Para ela, esse conjunto de ações deve melhorar a situação econômica brasileira.
“Não tem como estarmos piores no futuro do que hoje porque tomamos um conjunto de medidas”, disse.
A presidente chegou a elencar as ações do Palácio do Planalto: o programa de concessão de obras de infraestrutura, orçado em R$ 180 bilhões; o programa de incentivo a produtores agrícolas, que elevou em até 20% o crédito; o programa de investimento em energia, que privilegia a biomassa; e o incentivo a exportações.