Copom decide manter taxa Selic em 14,5% 

O freio de mão está puxado. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic estável em 14,5% ao ano. O número, vale lembrar, vem após sete aumentos consecutivos nos juros básicos da economia do país. Na última reunião, o órgão elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, fazendo-a  voltar ao nível de outubro de 2006.

Ainda assim, no entanto, os juros seguem no maior nível em nove anos: desde julho de 2006. A taxa básica de juros da economia estava em 11% ao ano, em setembro de 2014. Ao todo, a taxa Selic avançou 3,25 pontos percentuais.

Nesta quarta-feira (2), o BC divulgou a seguinte frase: “Avaliando o cenário macroeconômico, as perspectivas para a inflação e o atual balanço de riscos, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 14,25% ao ano, sem viés.”

Há uma margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Portanto, o teto da meta, portanto, é 6,5%. Para 2015, a estimativa da equipe econômica é que a inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 9,25% Até julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA subiu 9,56% em 12 meses.

Ao manter juros elevados, o BC se esforça para controlar o crédito e o consumo elevado. Desta maneira, a inflação fica estagnada. Por outro lado, ao tornar o crédito e o investimento mais caros, os juros elevados impedem o desenvolvimento da economia brasileira.

A reunião do Copom

No primeiro dia de reunião, os chefes do Copom avaliam dados da inflação, a atividade econômica, as finanças públicas, a economia internacional, o câmbio, entre outras taxas relevantes.

Já no segundo dia, participam da reunião os diretores e o presidente do BC. Após análise do futuro para inflação e das alternativas para definir a Selic, é definida a taxa. Na próxima, o BC deve publicar a ata da reunião, com as ponderações da decisão.

Redação Brasil News

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