Cantareira fecha o ano fora do volume morto

Depois de chover acima da média, o racionamento e redução do consumo, o Sistema Cantareira finalmente volta a operar no azul. Isso acontece um ano e meio após entrar no volume morto. Agora, os reservatórios que compõem o manancial chegaram ao índice de 29,3% da capacidade, ou seja, o suficiente para deixar de captar água da reserva profunda. As informações estão no relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta quarta-feira (30).

No entanto, a boa nova pode não chegar à população tão cedo. Os paulistanos devem continuar sofrendo cortes de abastecimento pelo terceiro ano consecutivo. A exploração do Cantareira, atualmente de até 18 mil litros por segundo, permanece limitada à metade da capacidade de produção do sistema, de 35 mil l/s.

Apesar de iniciar o ano de 2016 melhor do que de 2015, quando o nível estava 21% abaixo de zero, a água armazenada no sistema ainda é 44% menor do que em janeiro de 2014, ano marcado pela crise hídrica. Há ainda dúvidas sobre o comportamento climático e o atraso nas obras para ampliar o estoque da Grande São Paulo.

Só em novembro e dezembro, quando choveu 15% acima do esperado, o Cantareira somou 130 bilhões de litros, mais da metade dos 220 bilhões do total acumulado no ano.

Histórico

Quando o Cantareira passou a depender do volume morto, em julho de 2014, a Sabesp removia 22 mil l/s das represas, que recebiam dos rios afluentes apenas 6,4 mil l/s. Naquele mês, o déficit do sistema foi de 50 bilhões de litros.

Redação Brasil News

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