Mais de R$ 4,2 bilhões em gastos administrativos foram cortados desde 2013

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão divulgou ontem, 1º, a 11ª edição do Boletim de Despesas de Custeio Administrativo de 2017. De acordo com os dados, as despesas de custeio de 2017 fecharam em R$ 35,88 bilhões, o que representa uma queda em termos reais, se descontada a inflação. Em 2013, por exemplo, esses custos estavam na casa de R$ 40 bilhões.

Em novembro de 2014, quando os custeios teriam atingido o patamar mais alto da história, foram gastos R$ 41 bilhões. As despesas de 2017 recuaram 1,1% em termos reais em relação ao ano anterior. Por outro lado, houve um aumento nominal de 2% na comparação com 2016.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, classificou o resultado como “satisfatório”. De acordo com o ministro, as informações revelam uma estabilização dos gastos e o comprometimento com o controle das despesas de funcionamento. As despesas foram reunidas em oito grupos: serviços de apoio; material de consumo; comunicação e processamento de dados; locação e conservação de bens imóveis; energia elétrica e água; locação e conservação de bens móveis; diárias e passagens e outros serviços.

Melhoria gestão federal

A maior economia foi no gasto com diárias e passagens, que caiu R$ 246,3 milhões entre os dois anos comparados. Houve redução real de 13,9%. Para o governo, isso teria sido um efeito da política de compra direta de passagens aéreas nacionais. O modelo, contudo, é criticado por especialistas de fora do governo. Outro modelo que teria impactado na redução de custos é o TáxiGov, que é a substituição a aquisição e locação de veículos pelo uso de táxis e outras modalidades de transporte urbano.

Segundo o advogado e professor de Direito Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, a redução de gastos públicos deve ser sempre uma das metas prioritárias.

“O objetivo é oferecer cada vez mais serviços de qualidade por um valor inferior, gerando mais eficiência e economia para os cofres públicos. Não se trata de precarização das atividades, mas de uma melhor gestão do erário”, afirma.

Conforme o professor, com o adequado planejamento, é possível enxugar gastos desnecessários e promover ações mais bem estruturadas que alcancem os resultados esperados.

“É necessário que esse custeio fixo seja reduzido de modo a sobrar recursos para serem investidos em segmentos sociais e econômicos que exijam maior atenção, como a saúde, segurança pública e geração de empregos”, esclarece Jacoby Fernandes.

Redação Brasil News

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