Principais noticias dos jornais nacionais de Quarta-feira, 1 de Março de 2017
Manchete do jornal O Globo: Fé da Mangueira leva Estandarte
Manchete do jornal Folha de S.Paulo: Comissão rejeita pilares da nova Previdência
Manchete do jornal O Estado de S.Paulo: Crédito para famílias supera pela primeira vez o de empresas
De volta à planície, Renan vive esvaziamento político, diz O Globo
Após uma longa temporada como o poderoso presidente do Senado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) está de volta à planície com muitos problemas para encarar. Com os oito anos de seu mandato chegando ao fim, a disputa de uma nova eleição ao Senado em 2018 ainda é considerada incerta.
Renan vem perdendo popularidade e se vê fragilizado diante da Justiça, com 11 inquéritos pesando em suas costas, sendo que oito deles no âmbito da Operação Lava-Jato. O senador ainda é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) no caso que envolve irregularidades no pagamento de pensão a uma filha que teve fora do casamento.
Uma mostra clara do esvaziamento político de Renan é a tentativa de descolamento feita pelo novo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que tem um estilo de gestão diferente do de seu colega de partido.
Temer tenta reagir à queda de escudeiros peemedebistas, diz a Folha
Em 12 de maio, quando assumiu interinamente a Presidência, Michel Temer se cercava de quatro peemedebistas de sua confiança: Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Romero Jucá (Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Parceria de Investimento).
Às portas de o presidente completar um ano no cargo, dois caíram (Geddel e Jucá), um está licenciado e debaixo de acusações (Padilha) e outro já foi citado na delação da Odebrecht (Moreira).
O presidente acredita que, apesar do desgaste, conseguirá uma sobrevida como inquilino do terceiro andar do Palácio do Planalto ao descentralizar as funções mais importantes de seu governo e, dessa forma, não depender de apenas um ou dois de seus assessores.
Além de atuar pessoalmente na articulação política o presidente delega a ministros e parlamentares –inclusive àqueles considerados do baixo clero do Congresso– acordos para garantir a tramitação das principais reformas propostas por sua gestão.
A da Previdência, por exemplo, menina dos olhos do governo neste primeiro semestre, tinha em Padilha o seu homem forte.
Desde o início do projeto, era responsabilidade do ministro chefe da Casa Civil a negociação com sindicatos, empresários e parlamentares.
Juntos hoje, PMDB e PSDB buscam caminho solo para 2018, diz O Globo
Vinte e cinco anos depois da união para sustentar o mandato do ex-presidente Itamar Franco, PSDB e PMDB reeditam, agora, uma disputa por espaço de olho em um projeto próprio para chegar ao Planalto, desta vez em 2018. Na sucessão de Itamar, o então comandante do PMDB, Orestes Quércia, se candidatou a presidente, mas quem levou o Planalto foi o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, embalado pela estabilização monetária decorrente do sucesso do Plano Real.
Pelo menos por enquanto, caciques tucanos e do PMDB usam a mesma receita para buscar uma candidatura viável em 2018. Apesar da queda de braço permanente por espaço no governo, avaliam que têm que atuar como irmãos no apoio a Temer, enfrentar desgastes com as medidas amargas para reequilibrar as contas públicas e fazer Temer chegar ao próximo ano com algum sucesso na recuperação econômica e geração de empregos.
— Essa relação significa muito mais do que parcerias pontuais. Pode nos levar à continuidade de um projeto de recuperação do país em 2018. Estamos construindo uma aliança sólida que leve o Brasil a reencontrar o seu caminho. O presidente Temer terá alguns êxitos, mas que não trarão retorno eleitoral para ele. Podem dar retorno a essa parceria — avalia o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
Janot pede para Aécio depor sobre Furnas no STF, diz o Estadão
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que sejam tomados os depoimentos do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), do ex-ministro José Dirceu, do senador cassado e delator Delcídio Amaral (sem partido-MS) e do exsecretário-geral do PT Silvio Pereira sobre a existência de um suposto esquema de corrupção em Furnas. Caso Gilmar, relator do inquérito no STF, autorize a convocação, será a primeira vez que Aécio vai depor sobre o caso da estatal federal de energia.
“Os elementos informativos já reunidos nos autos apontam para a verossimilhança dos fatos trazidos pelos colaboradores (uma suposta partilha de propina entre políticos) e denotam a necessidade de aprofundamento das investigações, notadamente quanto ao envolvimento de Dimas Fabiano Toledo (ex-diretor de Engenharia da estatal) no evento criminoso e a sua relação com o senador Aécio Neves”, escreveu Janot no pedido protocolado no STF na quintafeira passada.
O procurador-geral requereu também a prorrogação do inquérito por mais 60 dias – a investigação foi instaurada em maio do ano passado e já fora prorrogada por 60 dias em novembro passado.