Principais noticias dos jornais nacionais de Sexta-feira, 10 de Março de 2017
Manchete do jornal O Globo: Governo pode desistir da idade mínima progressiva
Manchete do jornal Folha de S.Paulo: PSDB, aliado de Temer quer abrandar nova Previdência
Manchete do jornal O Estado de S.Paulo: Sem mudar Previdência, país ficará insolvente, diz Meirelles
Manchete do jornal Valor Econômico: Para PGR, acordo de leniência não objetiva salvar empresas
Disputa interna do PMDB mira 2018, diz o Valor
Além da disputa por mais espaço entre as bancadas da Câmara e do Senado, o que está em jogo no PMDB é quem vai dar as cartas, no partido, nas eleições de 2018. Na próxima semana, o presidente Michel Temer deve conversar com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros a de fim de aparar as arestas na relação, que voltou a ficar tensas depois de o senador afirmar que o deputado cassado Eduardo Cunha, mesmo da prisão, em Curitiba, pode capturar o governo.
A primeira reação de parlamentares ligados a Temer foi de espanto: Renan, duas vezes presidente do Senado, líder de bancada, trocando farpas com o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um integrante do baixo clero da Câmara. Uma briga desproporcional. Marun liderou um manifesto favorável ao afastamento do senador Romero Jucá da presidência do PMDB. Marun questiona a presença de investigados da Lava-Jato na direção do partido, mas é visto como o pombo correio do ex-deputado Eduardo Cunha.
Desde que deixou a presidência do Senado, Renan viu também o novo presidente, Eunício Oliveira (PMDB-CE), avançar sobre o espaço que antes ocupava na interlocução política com o Palácio do Planalto. O senador alagoano, por exemplo, não foi consultado sobre a escolha do deputado André Moura (PSC-SE) para a função de líder do governo no Congresso. O ministro que indicou para o governo, Marx Beltrão (Turismo), começa a dar demonstrações de independência e cogita disputar o Senado por Alagoas. Houve outras decisões sobre as quais Renan não foi consultado por Temer, um presidente que manter uma relação muito estreita com o Congresso e os parlamentares. Nas solenidades no Planalto, o presidentes da Câmara e do Senado ocupam lugar de honra, ao lado de Temer.
http://equilibreanalises.com.br/noticias/2017/03/10/disputa-interna-do-pmdb-mira-2018-diz-o-valor/
Presidente tenta conter racha do PMDB, diz o Estadão
O presidente Michel Temer está tendo de dedicar tempo à “administração” da disputa interna em seu partido, o PMDB. Na noite desta quinta-feira, 9, ele recebeu no Palácio do Planalto o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que está se sentindo desprestigiado, com perda de espaço no partido, e quer apresentar suas demandas ao presidente.
Temer, por sua vez, quer evitar que disputas internas do PMDB prejudiquem a aprovação de reformas consideradas importantes pelo governo no Congresso. O governo sabe o motivo dos ataques de Renan: o ex-presidente do Senado reclamou da nomeação do deputado Maurício Quintella (PR-AL), que não integra seu grupo político, no Ministério dos Transportes. Agora, o senador pleiteia a Secretaria de Portos, vinculada ao Ministério dos Transportes, para tentar ter influência na pasta e mostrar seu poder.
Lava Jato. A briga interna do PMDB envolvendo nomes da cúpula da legenda também tem se agravado, segundo auxiliares palacianos, por causa dos avanços da Operação Lava Jato. Às vésperas do recebimento, pelo Supremo Tribunal Federal, da lista de investigados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas delações da Odebrecht, o presidente da legenda e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), tem sido um dos principais alvos.
Divergências no PMDB não nos afligem, diz Eunício é o título de matéria na Folha
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), minimizou nesta quinta-feira (9) as divergências internas do PMDB, reforçadas com as declarações do líder do partido na Casa, Renan Calheiros (AL).
“Divergências no PMDB e entre PMDB da Câmara e do Senado é algo que não nos afligem. Pelo contrário, fomenta um debate que é extremamente importante para que o partido se alimente disso e seja cada vez mais forte”, afirmou Eunício nesta manhã.
Um dia antes, na quarta-feira (8), Renan disse que o governo do presidente Michel Temer é alvo de uma disputa entre PSDB e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PDMB-RJ), preso em Curitiba pela Operação Lava Jato.
Renan fez críticas à influência de Cunha sobre o Palácio do Planalto e disse que, depois de avançar sobre o governo, os aliados do ex-deputado querem avançar sobre o PMDB.
O mais fiel aliado de Cunha na Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), redigiu uma carta em que, com apoio de outros deputados, solicita o afastamento do comando do partido de todos os alvos da Operação Lava Jato, como revelou a Folha.
O foco principal dos deputados peemedebistas é o presidente da legenda, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que cancelou a reunião da executiva nacional do partido.
A carta de Marun seria entregue justamente no encontro, que deveria ter ocorrido na tarde de quarta-feira (8).
Governo pode desistir da idade mínima progressiva é a manchete do Globo
O governo pode abrir mão do gatilho previsto na proposta de reforma da Previdência para elevar a idade mínima para aposentadoria de acordo com a expectativa de vida do brasileiro. Pelo texto enviado ao Congresso, esse mecanismo seria acionado sempre que a chamada expectativa de sobrevida no país — projeção de quanto tempo a pessoa vai viver após completar 65 anos, que atualmente é de 18 anos — aumentar em um ano. As projeções apontam que isso aconteceria na virada de 2030, quando esse gatilho aumentaria a idade mínima de 65 para 66 anos. A mudança faz parte de uma série de concessões em estudo para facilitar a aprovação da proposta no Legislativo.
Outro ponto em discussão diz respeito às mudanças previstas para os benefícios assistenciais (BPC-Loas). Pela proposta original, esses benefícios deixariam de ser vinculados ao salário mínimo e teriam aumento gradual da idade para receber o auxílio, dos atuais 65 para 70 anos. O Executivo tende a recuar e deixar essa questão para ser tratada posteriormente.
Apesar do discurso oficial contrário a alterações na regra de transição, como defendem os parlamentares, o governo também já trabalha em uma proposta alternativa, mas dura, para esse mecanismo. O projeto do governo prevê que homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos terão de cumprir a idade mínima de 65 anos para se aposentar. Ou seja, serão submetidos integralmente à nova regra. A ideia é suavizar essa transição. Os detalhes estão sendo mantidos em segredo, para não prejudicar a negociação.
— A fase de transição não pode durar 30 anos, 40 anos, porque o país não pode esperar — disse uma fonte envolvida nas discussões.