Croácia fecha postos da fronteira
Na manhã desta sexta-feira (18), a Croácia fechou sete de seus oito postos fronteiriços com a vizinha Sérvia. A decisão foi tomada após a entrada de mais de 13 mil refugiados em menos de 48 horas. As informações são do jornal El País.
Os imigrantes atravessaram a fronteira servo-croata em vários pontos, especialmente entre as cidades de Sid e Tovarnik. A maioria saiu de acampamentos improvisados no nordeste da Sérvia, a cerca de 200 km, após ser barrado pelas forças húngaras de segurança.
Segundo o ministro do Interior croata, Ranko Ostojic, a capacidade de recepção do país está “saturada”.
Na cidade fronteiriça croata de Tovarnik, a polícia controla chegadas, para manter os refugiados longe dos trilhos do trem.
Os líderes europeus se reunirão na próxima quarta-feira (23/9), em Bruxelas, para tentar organizar a divisão a respeito da crise dos imigrantes.
Enquanto isso, a Hungria também está preparando um esquema de controle de entrada, com um alambrado na fronteira com a Croácia. Segundo o primeiro-ministro Viktor Orban, as obras começaram na noite desta quinta-feira (17). Ele informou ainda que 600 soldados estão na região e outros 500 devem chegar ao longo do dia.
“A rota dos Bálcãs do oeste ainda existe. O fato de a fronteira sérvio-húngara estar fechada agora não impediu novas chegadas”, salientou o ministro.
Pelo menos 453 migrantes, a maioria sírios e afegãos, entraram ilegalmente na Hungria a partir da Croácia na última quinta-feira (17).
Alemanha
O ministro da Economia alemão, Sigmar Gabriel, criticou a atitude dos países que se negam a receber refugiados e destacou que, assim, eles não recebem fundos comunitários. “A Europa é uma comunidade de valores baseada na empatia humana e da solidariedade”, afirmou Gabriel. E acrescentou: “aqueles que não partilham os nossos valores não pode contar o nosso dinheiro”.