Governo cubano indultará mais de 3,5 mil presos antes de visita do Papa Francisco
Nas próximas 72 horas, o governo de Cuba indultará 3.522 presos por ocasião da visita do papa Francisco à ilha. A medida é resultado de um acordo do Conselho de Estado. Com o ato de clemência, os principais beneficiados serão os detentos maiores de 60 anos e menores de 20 anos. O pontífice visita o país entre 19 e 22 de setembro.
Para a concessão dos indultos, que foram dados também nas visitas papais de João Paulo II (1998) e Bento XVI (2012), foi estudado o histórico de cada preso. Ou seja, “a natureza dos fatos pelos quais esses presos foram condenados, seu comportamento na prisão, o tempo de cumprimento da pena e razões de saúde”, como informa nota oficial.
Crimes graves não receberão indulto
Segundo informação divulgada no texto, os indultos não serão cedidos aos condenados por crimes de assassinato, homicídio, estupro, corrupção de menores, furto, pedofilia com violência e sacrifício ilegal de gado, tráfico de drogas ou delitos contra a segurança do Estado.
Após o indulto, esclarece ainda a nota, o governo vai empenhar-se em promover “as ações necessárias para a reinserção social e o atendimento médico dos indultados que o necessitarem”. Hoje, a população penitenciária de Cuba é de aproximadamente 60 mil presos.
A Gazeta Oficial de Cuba publica hoje o decreto com a medida, assinado pelo presidente Raúl Castro, junto à lista com os nomes dos detentos beneficiados.