Nos EUA, Papa Francisco critica órgãos financeiros

Em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas nesta sexta-feira (25), o Papa Francisco reprovou o comportamento dos órgãos financeiros internacionais que, para ele, incentivam o uso indiscriminado do planeta, prejudicando a natureza e os mais pobres. As afirmações foram presenciadas por diversos líderes mundiais, incluindo a presidente brasileira, Dilma Rousseff.

“Os organismos financeiros internacionais devem velar pelo desenvolvimento sustentável dos países e não a submissão asfixiantes destes por sistemas de crédito que, longe de promover o progresso, submetem as populações a mecanismos de maior pobreza, exclusão e dependência”, salientou o pontífice.

“Nenhum humano, indivíduo ou grupo pode se considerar onipotente e autorizado a passar por cima do direito dos outros”, afirmou também.

Apelo

Depois das críticas, o Papa clamou por “conceder a todos os países, sem exceção”, uma participação e incidência real e equitativa nas decisões desses órgãos, no Conselho de Segurança da ONU. Na avaliação do Pontífice, a exclusão econômica e social é uma “grave ofensa” aos direitos humanos e ao ambiente.

O Papa Francisco também deu falou, em seu discurso, do aquecimento global e da mudança climática. Para ele, a “sede de poder e propriedade material sem limites” estão prejudicando o meio ambiente e os mais pobres.

Para concluir, o Papa disse acreditar que “a conferência de Paris [que será realizada em dezembro sobre o assunto] alcance acordos fundamentais e eficazes”. Contudo, apontou, “não bastam os compromissos assumidos solenemente, ainda que eles constituam um passo necessário para as soluções.”

Redação Brasil News

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