Estado Islâmico reivindica ataques em Paris
O grupo radical Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos ataques que mataram mais de 120 pessoas em Paris. O anúncio foi feito em declaração oficial. Vale lembrar que é o pior ataque à França na história recente.
O grupo afirmou que seus combatentes estavam presos a cintos com explosivos e carregando metralhadoras. Eles agiram em vários pontos da capital francesa, após estudos e análises.
“Oito irmãos com explosivos na cintura e fuzis fizeram vítimas em lugares escolhidos previamente e que foram escolhidos minunciosamente no coração de Paris, no estádio da França, na hora do jogo dos dois países França e Alemanha, que eram assistidos pelo imbecil François Hollande, o Bataclan onde se estavam reunidos centenas de idolatras em uma festa de perversidade assim como outros alvos no 10º arrondissement e isso tudo simultaneamente. Paris tremou sob seus pés e as ruas se tornaram estreitas para eles. O resultado é de no mínimo 200 mortos e muitos mais feridos. A gloria e mérito pertencem a Alá”, afirma o comunicado.
Para presidente francês, ataques são um “ato de guerra”
Em declaração à nação, o presidente da França, François Hollande, disse, neste sábado (14), que os ataques em Paris “são um ato de guerra do Estado Islâmico contra a França”. Segundo o presidente francês, as explosões e tiros foram organizados “no exterior da França” e contaram com “cúmplices no interior” do país.
Segundo a polícia francesa, ao menos 128 pessoas foram mortas na série de ataques em Paris. Na casa de shows Bataclan, foram 70.
O chefe de polícia de Paris, Michel Cadot, afirmou que, quando a polícia invadiu o local, quatro terroristas se suicidaram. Ele afirmou ainda, segundo o jornal britânico “The Guardian”, que antes de entrar na casa de shows, os homens atiraram com metralhadoras em cafés que ficam do lado de fora do Bataclan.
Segundo jornal “Le Monde”, uma fonte judicial especificou onde aconteceram as mortes desta sexta (13), em um balanço provisório: uma pessoa morreu no boulevard Voltaire; 19 morreram e 14 ficaram feridas em frente ao bar La Belle Equipe, na Rue de Charonne; 78 ou 79 pessoas morreram no Bataclan;cinco pessoas morreram e oito ficaram feridas na Rue de la Fontaine au Roi; de 12 a 14 morreram e dez ficaram feridas no bar Carillon, na Rue Allibert; e dois homens morreram nas explosões próximas ao Stade de France, ambos suicidas que provocaram as detonações.
Brasileiros que foram feridos nos ataques estão bem, diz cônsul
Os dois brasileiros feridos nos ataques de Paris, na noite desta sexta-feira (13), estão fora de risco. A informação é da cônsul-geral do Brasil na França, Maria Edileuza Fontenele Reis, em entrevista ao “Hora 1” neste sábado (14).
“As informações que temos até o momento, que recebemos ao longo da noite de ontem, é de que dois brasileiros foram feriados no atentado. Ambos passam bem e estão fora de risco, segundo informações médicas”, salientou.
Eles estavam no restaurante Le Petit Cambodge, nas proximidades do Canal Saint-Martin, no 10° distrito da capital, um dos locais onde aconteceram tiroteios.
Um dos brasileiros feridos tomou três tiros nas costas e seu estado de saúde é grave, segundo a cônsul-geral. Ele foi operado. A vítima é um arquiteto que está de passagem por Paris para eventos profissionais.
O arquiteto jantava com amigos no Le Petit Cambodge, onde uma estudante brasileira foi atingida de raspão pelos tiros.
De Cidade Luz à escuridão: depois de ataques, Paris fica irreconhecível
Horas após do mais violento ataque da história francesa desde a Segunda Guerra Mundial, imagens da madrugada deste sábado (14) mostram as ruas de Paris desertas. O cenário é bastante assustador para aquela que é uma das cidades mais vivas do mundo.
Segundo relatos, as poucas pessoas que tentaram sair às ruas foram orientadas por mais de 1,5 mil soldados a se recolherem. A França amanhece em estado nacional de emergência pela primeira vez desde 2005.
Apesar de suas fronteiras estarem, fechadas, sido fechadas, o metrô deve funcionar normalmente.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os aeroportos de Paris ficarão abertos e operando. Já escolas e universidades da região de Paris continuam fechadas.