Empresas rivais querem criar vacina contra o zika vírus

O instituto Butantã e o laboratório francês Sanofi Pasteur estão tentando criar uma vacina contra o zika vírus. Ambas as empresas consideram utilizar a tecnologia desenvolvida para o imunizante da dengue para apressar as pesquisas do novo produto.

Em anúncio, divulgado nesta terça-feira (2), a empresa francesa disse que, embora o processo possa levar anos, “o sucesso obtido no desenvolvimento de vacinas contra vírus similares” pode acelerar o processo. Um deles seria a vacina contra a dengue que, em 20 anos, custou nada menos do que € 1 bilhão para a companhia. Conhecida como Dengvaxia, a nova vacina já recebeu registro dos reguladores mexicanos e brasileiros, porém ainda espera o processo de definição de preço no País.

Na avaliação dos cientistas da empresa, as similaridades entre dengue e zika – ambos espalhados pelo mosquito Aedes aegypti – poderia tornar possível o uso da Dengvaxia contra ambas as doenças, ainda que no caso do zika vírus a eficiência poderia ser menor. Se não for confirmada sua eficiência, a Sanofi acha que, pelo menos, a nova fórmula poderia “mostrar o caminho” para a vacina que possa funcionar.

Butantã

Apesar de já estar na fase 3 de pesquisas da vacina da dengue, o Instituto Butantã também quer criar uma vacina para combater o zika vírus. Segundo o diretor da entidade, Jorge Kalil, está sendo avaliada a possibilidade de inserir um gene do zika vírus no produto contra a dengue e verificar a eficácia contra as duas doenças.

Quem sabe, no futuro, poderíamos ter uma vacina pentavalente, que protegesse contra os quatro sorotipos da dengue e contra o zika”, apontou.

Redação Brasil News

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