Papa afirma que igreja pode discutir uso de contraceptivos

O papa Francisco afirmou, nesta quarta-feira (17), que a Igreja Católica aceita discutir o uso de contraceptivos como forma de controlar possíveis sequelas do zika vírus. O pontífice declarou também, no entanto, que rejeita qualquer concessão em relação a interrupções de gravidez.

“O aborto não é o menor de dois males. É um crime. Matar uma pessoa para salvar a vida de outra é o que a máfia faz. É um mal absoluto. No caso de evitar a gravidez, não é um mal absoluto”, apontou. “No mal menor, estamos falando um conflito entre o quinto e o sexto mandamentos. O papa Paulo 6º permitiu que freiras na África usassem contracepção (para se prevenirem) caso fossem estupradas. Mas não confundam o mal de evitar a gravidez com o aborto”, completou.

Em discurso, o papa pediu que médicos e pesquisadores aumentem os esforços para combater a doença. “Peço que façam de tudo para encontrar vacinas contra esses mosquitos e as doenças que carregam”, disse.

O papa ainda criticou o bilionário Donald Trump, que disputa a candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, depois de questionado quanto às posturas do político.

“Deixo isso ao julgamento das pessoas. (…) E uma pessoa que pensa apenas em construir muros em vez de erguer pontes, onde quer que sejam, não é cristã. Não é a palavra de Deus. Não vou me envolver na questão de em quem as pessoas devem votar. A única coisa que posso dizer é que este homem não é cristão se ele falou coisas deste tipo”, afirmou Francisco.

O bilionário americano repudiou a imigração mexicana em seus discursos de campanha, dizendo inclusive que mandaria a conta da construção do muro para o governo mexicano. O bilionário lidera a corrida pela candidatura republicana para as eleições de novembro.

Redação Brasil News

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