Os Estados Unidos recomenda que tanto homens quanto mulheres que foram possivelmente expostos ao vírus devem esperar pelo menos oito semanas antes de tentarem a concepção.
O vírus da zika está ligado a um pico de microcefalia — um defeito de nascença raro — no Brasil.
“Evidências crescentes sustentam uma ligação entre zika e microcefalia, um defeito de nascença que é um sinal de desenvolvimento incompleto do cérebro, e possivelmente outros problemas, tais como o aborto”, aponta a doutora Denise Jamieson, especialista do CDC (Centers for Disease Control and Prevention) em problemas na gravidez e parto, a repórteres em teleconferência na sexta-feira (25).
As autoridades americanas de saúde salientaram que as recomendações foram baseadas em dados limitados sobre a persistência do vírus da zika no sangue e no sêmen.
“Infelizmente, ainda há muita coisa que não sabemos”, afirmou o especialista do CDC, completando que as recomendações continuarão a evoluir à medida que se aprende mais sobre o vírus.
Recomendação para áreas de surto é mais radical
Para as pessoas que moram em regiões de surto, como o Brasil, o CDC sugeriu aos casais a adiarem a gravidez por completo, e recomendou aos médicos que informem seus pacientes sobre os riscos de exposição durante a gravidez.
O Brasil registrou mais de 900 casos de microcefalia e considera que a maior parte deles estão relacionados a infecções causadas pelo vírus da zika.