Por fim à caça, Quênia queima mais de 100 toneladas de marfim
Mais de 100 toneladas de marfim foram queimadas, neste sábado (30), a mando do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, no parque nacional de Nairóbi. Esta foi a maior quantidade de “ouro branco” incinerado de uma só vez. A ação foi simbólica, com intuito de promover o fim da caça.
Kenyatta e um representante do Gabão, Bongo Ondimba, acenderam o fogo de uma pirâmide formada por presas de elefante com tochas. Ambos os países possuem metade dos elefantes da selva na África.
A queima representa cerca de 5% do marfim mundial. Foram 16 mil presas incineradas.
“Ninguém, repito, ninguém pode comercializar o marfim, porque este comércio é sinônimo de morte para nossos elefantes e de morte para nosso patrimônio natural”, disse o presidente queniano Kenyatta.
Falando diretamente para os caçadores furtivos, o presidente Bongo, por sua vez, avisou: “Vamos por fim ao negócio de vocês e é melhor que se aposentem”. A ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, esteve presente na incineração e anunciou que a França proibirá em breve o comércio de marfim.
Caça desenfreada
A cada ano, 30 mil elefantes são mortos por conta de suas presas. Hoje, na África, vivem 450 mil e 500 mil. Caso a caça não tenha fim, os mamíferos podem desaparecer do continente.