Dilma retorna de Nova York e terá várias decisões importantes esta semana
A presidente Dilma Rousseff chega de Nova York nesta segunda-feira (28) e tem importantes decisões para tomar e anunciar. A primeira delas é destravar a reforma ministerial e garantir apoio no Congresso para a manutenção dos vetos ao reajuste do Judiciário e à correção das aposentadorias e pensões pelo salário mínimo.
Por enquanto, tudo o que se sabe é que pode acontecer a manutenção de Kátia Abreu ( Agricultura) e Eduardo Braga ( Minas e Energia) em seus postos. Além disso, há a garantia de que Helder Barbalho ( Pesca), filho do senador Jader Barbalho ( PMDB-PA), será transferido para o comando de outra pasta, caso a Pesca seja extinta.
Picciani reclama promessas
Ontem, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, reforçou que não há qualquer veto do partido da Casa para que Dilma mantenha outros companheiros do partido no Ministério. No entanto, de acordo com ele, foi a própria presidente quem ofereceu dois ministérios à sigla.
“Não é fato que a bancada exigiu dois ministérios, este foi um critério definido pela Presidência da República, e isto levei à deliberação, tendo este critério sido aprovado pela ampla maioria da bancada. Noto que a confusão que tenta se estabelecer parte de setores que desejam que a bancada federal do PMDB seja apenas massa de manobra”, disse o parlamentar pelo Twitter.
Reforma deve ser concluída na quinta-feira
De acordo com interlocutores do ministro Ricardo Berzoini ( Comunicações), a reforma deve ser concluída até quinta-feira (1). Para o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral ( PTMS), a reforma ministerial é importante para que o governo conquiste a maioria dos votos no Legislativo:
“Essa reforma, o governo não pode errar. Porque é a chance de fidelizar nossa base nos projetos da área da economia que vão tramitar e que são importantes para sair da crise. Espero que a presidente consiga concluir esta semana”, disse.
Vetos no Congresso
Além de decidir a reforma ministerial, Dilma também terá de lidar com a votação importante de vetos no Congresso na quarta-feira (30). Vale lembrar que na semana passada, o governo manteve vetos que poderiam ter forte impacto nas contas públicas. No entanto, a análise dos dois vetos mais polêmicos foi adiada: o que propõe reajustar entre 53% e 78,5% os salários dos servidores do Judiciário, com impacto estimado de R$ 36,2 bilhões nos próximos cinco anos, e o que dá a todos os aposentados e pensionistas do INSS reajustes pelo salário mínimo.