Extradição de Pizzolato é autorizada
Nesta terça-feira (22), o Conselho de Estado da Itália autorizou a extradição de Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão. Ele é ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil.
Os juízes negaram o recurso apresentado pela defesa de Pizzolato. Para eles, foram apresentadas garantias suficientes sobre as condições das prisões brasileiras em preservarem os direitos humanos. Segundo a Corte, as garantias foram apresentadas “tanto pelo governo quanto pelas máximas autoridades judiciárias brasileiras”. Os advogados do brasileiro, com cidadania italiana também, insistiam que os centros detenção no Brasil violavam os direitos humanos.
Na manhã desta terça-feira (22), durante audiência, cinco magistrados ouviram por meia hora os argumentos apresentados pelo advogado Alessandro Sivelli, da defesa de Pizzolato; Michele Gentiloni, representante da União; e Giuseppe Alvenzio, do Ministério da Justiça da Itália.
No fim do mês passado, o Brasil apresentou documentos assegurando que o ex-diretor de Marketing poderia cumprir pena no país. Ele foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Pizzolato estava livre até fevereiro deste ano, quando a Corte de Cassação da Itália concedeu sua extradição. A decisão foi validada pelo Ministério da Justiça e pelo Tribunal de Lazio, primeira instância da Justiça administrativa