Queda na geração de postos de trabalho faz brasileiro buscar alternativas para aumentar a renda

O brasileiro está, literalmente, se virando nos 30. Segundo dados do Ministério do Trabalho, publicados nesta quarta-feira (9), em 2014, o país criou apenas 623,1 mil postos de trabalho. O resultado do levantamento é o pior desde 1999. Por outro lado, conforme pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Ibope, quase metade da população (48%) faz bicos para complementar a renda.

Em setembro de 2013, aponta o levantamento da CNI, o percentual de pessoas que buscavam aumentar a renda de alguma forma era bem menor: 25%. Em 40% das casas, aqueles que não trabalhavam, como as donas de casa, procuraram emprego para ajudar a família. E 24% dos 2 mil entrevistados voltaram às salas de aula para driblar o desemprego. Mais da metade dos consultados, (59%), diz ter consciência de que perdeu o poder de compra nos últimos 12 meses.

Segundo dados do Ministério do Trabalho, os setores que apresentaram maior queda de geração de emprego foram a indústria de transformação, com 121,7 mil postos, e a construção civil, com 76,8 mil.

Os dados mostram ainda que, em 2015, houve redução no nível de emprego para trabalhadores mais jovens, com idades entre 18 a 29 anos, que perderam mais de 245 mil postos de trabalho. Segundo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o governo está preparando medidas para reequilibrar os números.

“O governo anunciará até o fim do mês uma serie de políticas públicas para criar maiores condições de acesso aos jovens ao mercado de trabalho”, disse o ministro.

Resultados deste ano preocupam

O ministro afirmou ainda que as dificuldades econômicas do país preocupam o governo. “De janeiro a julho deste ano, o Brasil fechou 493,1 mil postos de trabalho, menos de 1% do mercado de trabalho. Nos preocupa, tanto que o governo está tomando medidas para superar esse momento de dificuldades e recuperar a capacidade de investimentos”, salientou.

Aumento na renda

Seja por conta dos bicos ou não, o Ministério do Trabalho registrou ainda uma alta real de 1,76% no rendimento médio do trabalhador brasileiro. Os homens receberam por mês, em média, R$ 2.651,52. Já as mulheres ganharam R$ 2.184,65. O Distrito Federal foi a região em que não se registrou alta de salários acima da inflação.

Redação Brasil News

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